Eficiência financeira em 3 passos: sua empresa está no caminho certo?
A eficiência financeira é um objetivo a ser perseguido em qualquer empresa da recorrência. Todo gestor sabe que este assunto irá permear as decisões que são tomadas no dia a dia.
Porém, ser realmente eficiente é uma outra história. Para saber se sua empresa está no caminho certo é preciso fazer check list fundamental.
E para te ajudar neste diagnóstico, elencamos aqui 3 pilares fundamentais da eficiência financeira:
- Organização de processos;
- Planejamento financeiro;
- Acompanhamento da performance.
Contudo, antes de tratar um pouco mais a fundo cada uma dessas questões, é preciso verificar alguns aspectos básicos da gestão financeira. E nesse ponto precisamos falar da automatização de processos.
Afinal, para não desviar da curva de crescimento, sua empresa precisa estar com o departamento financeiro em ordem. O problema é que para garantir a eficiência na estratégia de um negócio recorrente, o primeiro passo é estar certo de que todos os seus processos rotineiros estão rodando de forma eficiente.
1) A rotina do seu departamento financeiro é eficiente de verdade?
Você é gestor de um negócio recorrente? Então, o termo “previsibilidade de receita” deve funcionar como um mantra para você.
Pense que para escalar uma empresa da recorrência é fundamental garantir a melhor gestão dos pagamentos recorrentes. Afinal, a premissa básica desse modelo de negócio é assegurar que a gestão de cobranças seja feita na hora certa e no valor exato, evitando erros e falhas que irritam o seu cliente e/ou que coloquem o bom relacionamento em risco.
Para não perder de vista nenhum ponto da jornada que o cliente irá percorrer junto à sua empresa você precisa se certificar de que alguns procedimentos estão funcionando corretamente.
Veja alguns pontos fundamentais:
- Gestão de planos e assinaturas – com contratação sem atrito, suspensão automática em caso de inadimplência e reajuste periódico de contrato;
- Faturamento recorrente (seja no boleto bancário, cartão de crédito e débito bancário);
- Régua de cobrança e relacionamento;
- Gestão da inadimplência;
- Conciliação com banco ou instituição de pagamento das cobranças e pagamentos;
- Checkout transparente para venda online;
- Acesso às métricas e indicadores;
- Área exclusiva do cliente para atendimento self-service;
- Emissão de nota fiscal automatizada.
Se nesta relação acima ainda há algum ponto de atrito, cuidado! Você pode estar perdendo eficiência financeira.
Um sistema de gestão de assinatura e pagamento recorrente pode se encarregar de todas essas tarefas e ajudar você e seu time a lidar com todas as operações sem expor sua empresa ao erro.
Se você quer organizar a casa de verdade, a automatização irá livrar sua equipe de tarefas burocráticas, que cedo ou tarde, irão lhe custar muito dinheiro. Planilhas e documentos desconexos, que antes funcionavam para um determinado número de clientes, irão atrapalhar os planos de crescimento de sua empresa.
→Veja o que gestores financeiros experientes revelam sobre os erros e acertos do início da operação em SaaS.
Ter uma gestão financeira madura, feita com softwares especialistas, garante a organização de informações importantes para o planejamento do negócio. A partir disso, é possível acessar o histórico de dados e conectá-los em uma linha lógica.
Agora que você já sabe que a eficiência em sua operação financeira é a base para garantir uma estratégia de negócio eficiente, podemos ir para a segunda etapa: o planejamento orçamentário.
2) Planejamento financeiro: como ser mais eficiente?
Depois de organizar a casa, o próximo passo é fazer o planejamento financeiro. Embora esta seja uma tarefa comum dentro das empresas, a realidade é que muitas vezes, no decorrer do ano, situações imprevistas acabam engavetando o que foi planejado.
É evidente que um planejamento precisa ter espaço para revisão. Mas, a definição de todas as metas e objetivos não podem cair por terra em pouco tempo. Não antes que uma análise coerente seja feita.
Essa premissa vale para todas as empresas, em especial as startups, que mesmo diante de incertezas e experimentações, devem se organizar para construir um orçamento que possa ser revisado (se for o caso) em uma cadência mais acelerada.
Se esta é uma situação comum na sua empresa ou se você quer evitar falhas no seu planejamento orçamentário, você precisa ler este conteúdo completo que postamos aqui no blog da Superlógica sobre como reduzir o abismo entre o planejamento e execução do orçamento.
Seja você um controller ou um founder, que ainda desempenha um papel no gerenciamento financeiro, ou até mesmo se é um profissional da área administrativa, que também atua no departamento financeiro, é preciso saber que é possível superar as dificuldades de executar o que foi planejado.
Em resumo, um bom planejamento financeiro deve contar com 5 passos certeiros:
- Definição das metas;
- Elaboração do planejamento;
- Execução do plano;
- Monitoramento e avaliação;
- Revisão dos planos (caso necessário).
Vamos ver agora como esse passo a passo deve funcionar:
#1 – Definindo as metas
Defina, de forma clara, um único objetivo: a OMTM (One Metric That Matter, ou, métrica mais importante do negócio). Evite construir um planejamento financeiro que tente atender a diversas demandas ao mesmo tempo, pois ele será pouco efetivo.
# 2 – Comunicando as metas
Comunique a todos os gestores a OMTM. Dessa forma, é possível que as áreas criem planos adequados para o alcance do objetivo primordial da empresa. Isso também evita que, no decorrer do ano, conforme os cenários da empresa vão se desenrolando, as áreas sigam em direções diferentes.
# 3 – Simulando cenários
Nem sempre o primeiro plano que foi traçado será o melhor. A dica aqui é para que os gestores sempre se questionem se não há outra maneira mais fácil, mais simples, mais barata, mais rápida e menos arriscada de chegar na mesma OMTM.
# 4 – Acompanhe o que foi planejado
Planejou? Então, agora é hora de assegurar que tudo esteja sendo devidamente implementado.
Algumas empresas fazem a comparação do planejado x realizado semanalmente. Mas, o importante mesmo é que, pelo menos, em uma frequência mensal exista esse acompanhamento periódico.
Com planejamento rodando é possível encontrar os desvios que estão sendo relevantes para o cumprimento da estratégia, sendo possível corrigi-los a tempo.
# 5 – Revisão dos planos: quando fazer?
Na fase de acompanhamento do projeto, o gestor deve verificar se a OMTM e os planos traçados para chegar nessa meta continuam coerentes. Pode acontecer da resposta ser negativa para uma ou, até mesmo, para as duas situações.
Neste caso, é hora de fazer uma revisão orçamentária.
Para isso, o gestor precisará analisar quais são os desvios e o que será necessário fazer.
Se:
- Manter a meta e manter o plano;
- Manter a meta, mas revisar o plano;
- Revisar a meta e revisar o plano.
→Quer saber mais sobre planejamento orçamentário? Ouça neste podcast as dicas que o diretor da Treasy, Daniel Fernandes, compartilhou sobre as premissas básicas a serem consideradas.
3) Eficiência financeira: ouça o que as métricas têm a dizer
E já que falamos sobre a eficiência no planejamento orçamentário e em como se manter em linha com o planejado x realizado, é necessário que o gestor tenha em mente que nem todos os caminhos levam ao crescimento e à lucratividade.
Quem está conduzindo um negócio recorrente conhece muito bem essa realidade e precisa estar atento diariamente a uma série de variáveis que indicam como a empresa está performando.
É por isso que, depois de organizar a rotina das atividades do departamento – como vimos logo no início deste texto – e de se comprometer com o seu planejamento, o próximo passo para garantir eficiência financeira é o acompanhamento das métricas.
Contudo, você precisa acompanhar as métricas certas. Números, dados e índices funcionam como indicadores de caminhos no processo da tomada de decisão. Mas, diante da infinidade de métricas da recorrência, quais delas acompanhar?
O seu sistema de gestão de assinaturas e pagamentos recorrentes deve ser seu aliado para lhe fornecer os dados mais elementares do seu modelo de negócio.
Veja algumas métricas da recorrência que você precisa acompanhar diariamente:
MRR – (Monthly Recurring Revenue ou Receita Recorrente Mensal): Mede a sua receita recorrente mensal baseada somente em assinaturas.
ARR – Receita Recorrente Anual: Receita recorrente anual na qual as receitas são anualizadas.
Ticket médio: Valor médio que os clientes pagam pelo seu serviço.
Lifetime – Ciclo de vida dos clientes;
Lifetime value (valor do tempo de vida do cliente): Relaciona o tempo de vida do cliente dentro da base à quantidade de receita que será gerada nesse período.
Growth rate – Taxa de crescimento de assinaturas e base de clientes.
Churn rate – Taxa de cancelamento de assinaturas e base de clientes.
Net MRR Churn: Taxa de receita perdida.
Quick ratio: Taxa de liquidez.
→Quer saber mais sobre métricas da recorrência? Tudo o que você precisa saber está aqui: acesse este guia com as métricas mais importantes para o seu negócio.
Baixe também o e-book com as as métricas essenciais para SaaS.
Seja eficiente de verdade
Como vimos, a eficiência financeira começa com a organização do seu departamento financeiro. A partir deste passo, sua empresa estará pronta para construir o crescimento em bases sólidas.
Não fique submerso em atividades rotineiras, executadas manualmente. Além de comprometer a qualidade dos dados financeiros, você perderá sua eficiência com tarefas operacionais.
Mas, para pensar em estratégias, você precisa ter acesso à informações e dados históricos que permitirão verificar os erros e acertos e, assim, ter uma gestão financeira madura. Isso é indispensável para a construção do seu planejamento orçamentário.
Hoje o seu sistema de gestão de assinaturas e pagamentos recorrentes lhe permite acompanhar e compilar os dados e métricas mais relevantes?
Fique atento. Não perca de vista todas as variáveis que indicam como a empresa está performando.
Mude a gestão de sua empresa e construa uma estrutura financeira eficiente e bem organizada.