Quando sua empresa SaaS precisará de um CFO?
Todo empreendedor de um negócio recorrente como SaaS, assinaturas, ou que receba por mensalidades, precisa pensar em trilhar um caminho de crescimento.
A base desta jornada será a área financeira, que precisará evoluir de acordo com esse planejamento. À medida em que há ganho de escala, será necessário contar com uma determinada especialização dentro deste departamento.
Se você é um founder e se sua empresa está em estágio inicial, pode ser que você mesmo (ou seu sócio) se encarregue da área financeira de ponta a ponta: contas a pagar, faturamento, cobrança, planejamento financeiro, controladoria e tesouraria.
Mas com a maturidade do negócio surgirão também novos desafios que irão demandar mais atenção. É por isso que, em algum momento desta jornada, você precisará tomar a decisão de se dedicar mais à estratégia de mercado, delegando a área financeira a um profissional de alta performance.
É aqui que a figura de um CFO (Chief Financial Officer) irá se encaixar. Ainda mais se você pretende organizar a casa para ficar apto a receber investimentos.
Vamos saber agora qual é o papel de um CFO e como ele pode direcionar o futuro financeiro de uma empresa que trabalha na recorrência. Vamos saber como esse profissional deve liderar processos e pessoas, sempre com o foco no crescimento e eficiência.
O primeiro passo para a eficiência financeira
Testar o product-market fit, ganhar escala, tracionar e vencer o mercado: estes são objetivos de toda empresa. Mas escalar e ter previsibilidade de receita, principalmente na fase inicial, vai demandar muita estratégia, esforço e organização.
Antes de tudo, o primeiro passo para garantir a eficiência na estratégia de um negócio recorrente é estar certo de que todos os seus processos rotineiros estão rodando de forma competente.
Afinal, quando começa a crescer e atrair mais assinantes, uma empresa precisa entender que é hora de tomar uma decisão importante, que trará impactos significativos para o futuro do negócio. E para lidar com a chamada “dor do crescimento”, é preciso abandonar fórmulas antigas, que funcionavam para um pequeno números de clientes.
Para estar em condições de crescer, você precisará de uma solução de gestão completa, que lhe ofereça um panorama sobre tudo o que está acontecendo: desde a gestão financeira até a evolução da jornada de compra do cliente, tudo isso sustentado pelo acompanhamento das métricas relacionadas a negócios recorrentes.
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Um dos erros iniciais mais comuns acontece quando o gestor e sua equipe se perdem em meio a processos burocráticos e confusos, baseado em planilhas e controles desconexos. Já tratamos aqui sobre os 5 erros mais comuns na gestão financeira. Saiba se você não está cometendo um deles!
Em resumo, fazer tudo de forma manual, com o auxílio apenas de planilhas, definitivamente, não sustentará a expansão dos seus negócios.
O controle automatizado de todas as operações é o que vai determinar o sucesso das transações e fomentar a escalada.
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A importância do CFO para o departamento financeiro
Depois da automatização dos processos financeiros, é preciso pensar na figura de um profissional especializado, que será mais que um guardião do caixa: o CFO.
Esse profissional terá a missão de manter uma ligação forte com todas as áreas da empresa para que o CEO – ou o founder – possa ter bases para uma tomada de decisão holística.
E para ser o braço direito do CEO no decorrer da jornada de crescimento, um CFO precisa ter acesso a dados objetivos acerca da saúde financeira e operacional da organização. É desta forma, por exemplo, que ele pode calcular o retorno dos investimentos feitos.
Além disso, um CFO também deverá construir bases sólidas para se relacionar com investidores. Ele é quem deve trazer um networking prévio junto a fundos de investimento, conhecimento em rodadas maiores e, potencialmente, background de IPO (oferta pública de ações).
Mas existem outros profissionais da área financeira com perfis distintos que também podem atuar como o braço direito de um gestor na jornada de crescimento.
Como identificar qual é o papel de cada um e qual é o momento mais adequado para cada contratação? Para responder a isso, é preciso entender a fase em que o negócio está:
Head de finanças, controller ou CFO: qual o papel de cada um na jornada de crescimento?
Na etapa inicial, o fundamental é ter alguém que honre os recebimentos e pagamentos da empresa e que assegure que os impostos sejam gerados da forma correta. Para facilitar este começo, o ideal é que o time de sócios-fundadores possua algum integrante com a competência de um head de finanças.
Desta forma, uma nova contratação viria apenas no momento em que se fizer necessária a elevação do nível hierárquico. E nesse sentido, o ritmo de crescimento do negócio é que irá demandar a contratação de novos profissionais.
O head de finanças é o responsável por organizar a governança básica, como fluxo de caixa, métricas SaaS, conciliações contábeis, planejamento orçamentário, entre outros pontos.
Já o controller tem uma função mais voltada para área contábil e controles internos.
A contratação de um CFO deve ser considerada assim que a empresa puder e tiver caixa para isso. Embora não exista um momento definitivo, a figura deste profissional pode evitar vários problemas que acontecem no início da jornada do negócio.
Quanto mais tempo demorar, haverá chances de que esse profissional tenha que lidar com um legado ruim e uma operação desmontada, comprometendo a eficiência de sua atuação logo no início e inviabilizando a captação de recursos nesse período.
→Entenda qual a diferença entre controller e CFO.
Quando contratar um CFO?
Como vimos, dentro da escalada de crescimento, não existe um momento “certo” para contratar um CFO. Muitos gestores concordam que uma empresa, assim que tiver caixa para isso, deve contratar um profissional especializado na área financeira.
O ideal é que uma empresa que entenda que receber capital externo fará sentido para a estratégia do negócio tenha um controller ou um head de finanças assim que começar a tracionar. Ou seja: passar pela série A, com algo em torno de 100 mil de MRR (receita recorrente mensal) e taxas de crescimento de dois dígitos ao mês.
Nesse estágio, o profissional financeiro terá como desafio a organização da governança básica, como fluxo de caixa, métricas, conciliações contábeis, orçamento etc.
Já o CFO tem uma posição mais estratégica, típica de série B. Nessa fase, o profissional de finanças terá que desenvolver processos mais robustos e ajudar a empresa a trabalhar melhor com o capital e, assim, ultrapassar a barreira dos 10 milhões de receita anual (ARR) com mais facilidade.
Como missão, o CFO deverá trazer um networking prévio junto aos fundos de investimento, ter conhecimento em rodadas maiores e, potencialmente, oferecer background de IPO.
Para isso, ele deverá assegurar que o plano estratégico tenha fundamentos financeiros sólidos e que não haja premissas que sejam muito arriscadas ou que estejam sem critérios estruturados.
O CFO também poderá atuar como um porta-voz da empresa para passar credibilidade e solidez aos investidores. Por isso, uma experiência sólida em outras empresas de sucesso é fundamental para ser credenciado como um bom CFO.
→MRR, Churn, Net MRR Churn, New MRR, ARR, CAC, LTV/CAC, Quick Ratio, Ticket Médio, payback. Quais são as métricas que um CFO precisa analisar?
O crescimento de um negócio SaaS depende de processos financeiros bem estruturados
A função de um gestor financeiro seja ele um head de finanças, controller, ou CFO vai além de controlar despesas e maximizar os lucros de uma empresa. Ainda mais quando estamos falando de uma empresa SaaS.
Gestores financeiros experientes em SaaS concordam que um sistema financeiro que permita fazer a gestão de assinaturas é fundamental em qualquer fase do negócio.
Automatizar as cobranças e mapear os processos são passos fundamentais. Sem isso, o CFO ou qualquer profissional da área ficará refém da operação.
Você está em dúvida sobre quais são os recursos você deve ter para fazer a gestão de assinaturas e cobranças recorrentes?
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