O que é fintech: o guia completo
Se você esteve vivo nos últimos cinco anos, com certeza já ouviu falar de fintechs. Essas empresas, que têm se multiplicado, parecem ser uma solução mágica para diversos problemas. Mas, afinal, o que é fintech?
Gestão, comunicação, compra e venda, relacionamentos, moradia e até saúde: a disrupção tecnológica já ocorreu em praticamente todos os setores da sociedade. E isso não seria diferente em um dos elementos mais importantes do mundo: o dinheiro.
Assim, surgiram as fintechs, empresas que abrangem uma ampla gama de serviços e produtos financeiros e já têm influenciado uma boa fatia do mercado. Esse foi um movimento rápido: só entre 2018 e 2019, aumentou em 33% o número dessas instituições no mundo, de acordo com o levantamento Radar Fintechlab.
Entenda neste artigo o que é fintech, como funciona, quais tipos existem e como elas podem ajudar você a impulsionar suas finanças.
O que é fintech?
A palavra fintech vem de uma abreviação da expressão em inglês financial technologies, ou seja, tecnologias financeiras. Ela é usada para definir startups e empresas que colocam plataformas online como principal meio para executar operações e transações.
Na prática, o conceito de fintech abrange toda empresa que atua com finanças, como meios de pagamentos, crédito, gestão financeira, aplicação em ações, serviços bancários, seguros e assim por diante.
Algo muito parecido com o que alguns bancos tradicionais fazem, mas com um diferencial super importante: baixo custo de operações e escalabilidade por meio da tecnologia.
Quais os diferenciais de fintechs?
Como muitas fintechs começaram suas atividades exclusivamente online, elas não tiveram dificuldades em retirar as taxas e juros cobradas por outras instituições. Assim, surgiram cartões de crédito sem anuidades, contas digitais sem taxa de manutenção ou burocracia e crédito a juros muito mais baixos.
Com toda a operação e atendimento centralizados em meios tecnológicos, como aplicativos, sites ou softwares, não é necessário gastar dinheiro para montar toda uma grande sede ou agências, por exemplo.
Outro diferencial é a pouca burocracia para aderir aos serviços. Muitas vezes, é necessário inserir apenas algumas informações, já que as fintechs aproveitam a grande quantidade de dados já disponíveis online e os alimentam. Por exemplo, o sistema de pontuação de consumidores nos órgãos de proteção ao crédito.
Quantas fintechs já existem?
Segundo o último levantamento da Fintechlab, de 2019, existem atualmente 604 fintechs e iniciativas de eficiência financeira no Brasil. Elas estão concentradas em três grandes blocos: pagamentos (29%), empréstimos (18%) e gestão financeira (17%).
Outros tipos incluem criptomoedas (7%), seguros (7%), investimentos (7%), funding (5%), negociação de dívidas (4%), câmbio e remessas (3%), bancos digitais (2%) e multiserviços (2).
Há diversas atividades que são contempladas na categoria fintech, muito além de contas digitais e investimentos. E o mercado tem recebido bem essa variedade: a mesma pesquisa indica que 72% desses tipos de empresa encontra-se em momento de crescimento.
O que são instituições de pagamento?
O motivo para fintechs terem aumentado em número é a Lei nº 12.865/2013, que regulamenta as instituições de pagamento. A partir disso, diversas empresas foram autorizadas a cobrar e a receber de forma legal e fiscalizada pelo Banco Central do Brasil (BACEN).
Esse é o caso do PJBank, fintech do Grupo Superlógica, que oferece conta digital, permite recebimentos via cartão e boleto, entre outros serviços financeiros para empresas. A conta integra-se diretamente ao sistema de gestão da empresa, automatizando a conciliação bancária, cobranças e outras operações repetitivas.
Muitas fintechs aproveitaram essa atualização de norma para operar, levando à revolução dos meios de pagamentos. Com essas tecnologias, é possível automatizar tudo e realizar transações de forma ágil.
Todas as fintechs são startups?
Embora muitas fintechs sejam startups, algumas já não são mais consideradas assim. O conceito de startup é aplicado a empresas com poucos anos de vida, que propõem soluções com forte uso da tecnologia e sejam fáceis de operar e escalar. Várias fintechs adotam exatamente esse modelo de negócio, em busca de crescimento rápido e disrupção tecnológica.
No entanto, existem empresas tradicionais que entraram na definição de fintech quando passaram a adotar soluções baseadas em serviços online para pagamentos e finanças. Em resumo, o que define uma fintech são duas palavras: escalabilidade e inovação.
Fintechs são seguras?
Sim, empresas de instituições de pagamento, crédito ou gestão financeira são todas reguladas pela legislação brasileira e fiscalizadas pelo Banco Central do Brasil. Além disso, fintechs também devem seguir à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que prevê normas relacionadas à transparência de processos e garantia de privacidade.
Outro padrão de segurança comumente seguido por essas empresas, que operam transações por cartão é o PCI-DSS. Trata-se de uma certificação internacional exigida pelas principais bandeiras do mundo e delimita uma série de práticas para proteger os dados dos usuários.
Alguns serviços de conta digital protegem os investimentos em Recibos de Depósito Bancário (RDB) de seus clientes pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Mas é importante ter atenção às coberturas oferecidas e garantias, como em qualquer operação financeira.
Qual a diferença entre banco e fintech?
Apesar de muitas fintechs atuarem com serviços bancários, como conta digital, conciliação, emissão de boleto, investimentos e créditos, elas nem sempre são consideradas bancos. Existem diferenças tanto no aspecto legal, de regulamentação, quanto nas características das organizações.
Fintechs operam exclusivamente sob base tecnológica e, embora sejam mais ágeis e foquem na simplicidade e experiência do cliente, também apresentam certo risco de investimento. Muitas, na verdade, são autorizadas ou focam em apenas uma parte das operações financeiras, como crédito ou pagamentos.
Diferente dos bancos tradicionais, empresas habilitadas pela Lei das Instituições de Pagamento que oferecem conta corrente não podem fazer aplicações na bolsa. O dinheiro do correntista deve ser aplicado em títulos públicos ou em uma conta especial do BACEN.
Já os grandes bancos são instituições que operam em diversas frentes, incluindo crédito, conta corrente, poupança, investimentos, gestão financeira, etc. No entanto, são conhecidos por sua forte burocracia, já que são também regulamentados por leis mais rígidas.
Devido a todas essas peculiaridades, é muito importante entender o que é uma fintech e como ela pode ajudar a tornar a sua gestão mais fácil. Essas empresas ágeis e de baixo custo podem oferecer soluções simplesmente utilizando a tecnologia, transformando e desafiando ao mercado financeiro.
Sobre a Superlógica
A Superlógica desenvolve o software de gestão líder do mercado brasileiro para empresas de serviço recorrente. Somos referência em economia da recorrência e atuamos nos mercados de SaaS e Assinaturas, Condomínios, Imobiliárias e Educação.
A Superlógica também realiza o Superlógica Xperience, maior evento sobre a economia da recorrência da América Latina, e o Superlógica Next, evento que apresenta tendências e inovações do mercado condominial.