Como se planejar para sua empresa não cair na inadimplência

Por: Cinthia Bronzati5 Minutos de leituraEm 03/02/2021Atualizado em 03/02/2021

Com a chegada da pandemia de COVID-19, instaurou-se não apenas uma crise de saúde pública como também uma forte crise na economia. Muitos negócios, principalmente PMEs (pequenas e médias empresas), também enfrentam dificuldades para arcar com suas despesas. Considerando este cenário, o risco de se tornar uma empresa inadimplente aumenta consideravelmente, uma vez que fatores externos impactam diretamente na saúde financeira das empresas.

Pensando nessa situação, elaboramos este artigo com informações e dicas para que a sua empresa mantenha as contas em dia e passe por esse período difícil com o mínimo de danos possível.

Um breve panorama da inadimplência nas empresas

A taxa de inadimplência geral das empresas (de pequenas, médias e grandes) diminuiu de 3%, em 2019, para 2,3%, em 2020, de acordo com dados da Serasa Experian. Essa queda se deu por algumas medidas provisórias do governo federal que facilitaram o acesso ao crédito e o adiamento do pagamento de alguns impostos.  

A Medida Provisória 958/2020 determinou que até o dia 30 de setembro do ano passado os bancos públicos foram isentos de cumprir certas obrigações na hora de conceder novos empréstimos. Por exemplo, uma das exigências era que a pessoa não estivesse em débito com a Justiça Eleitoral.

Outra medida que impactou o índice do Serasa foi o pagamento do auxílio emergencial à população, que ajudou principalmente as micro e pequenas empresas, que têm essas pessoas como clientes. 

O problema é que, desde dezembro, a situação mudou bastante. Os consumidores deixaram de receber o auxílio, a taxa básica de juros (Selic) diminuiu e os empresários ainda não haviam se recuperado da diminuição significativa no faturamento. Toda essa conjuntura indica que o índice de inadimplência das empresas pode aumentar em 2021.


Motivos que levam uma empresa a ficar inadimplente

A melhor maneira de evitar a inadimplência em seu negócio é estando ciente das causas dessa situação. Ainda que alguns fatores sejam externos à empresa, eles influenciam todos os processos internos. Um deles, é o aumento do desemprego e a queda no movimento da macroeconomia. 

Ainda que você, como gestor, não seja responsável por tais fatores, a inadimplência dos seus clientes diretos prejudica seu fluxo de caixa. E caso você não tenha um bom capital de giro para suprir nesses momentos, a organização também corre o risco de não cumprir com todas as suas contas.  

Ter uma boa noção de educação financeira também é importante na hora de gerir uma empresa: é preciso ter noção das despesas fixas e, na medida do possível, gastar menos do que se fatura. A maioria das empresas que se tornam devedoras, acabam chegando em tal situação apenas por não calcular direito seus gastos, criando assim uma situação de “bola de neve”. 

Ou seja, por vezes, o empresário com o intuito de pagar o que deve, acaba pedindo um empréstimo atrás do outro, comprometendo cada vez mais a saúde financeira do negócio.

3 dicas para evitar a inadimplência na sua empresa

1 – Faça sempre um bom planejamento financeiro

O gestor tem responsabilidade em todos os processos, mas algumas vezes, por se tratarem de competências técnicas variadas, ele pode precisar de ajuda para realizar uma boa gestão. 

Para fazer um bom planejamento financeiro é importante ter ajuda de profissionais especializados, seja um colaborador do seu departamento de finanças ou uma consultoria externa. Com esses serviços, é possível organizar melhor o fluxo de caixa, ter maior controle sobre o capital de giro e as contas a pagar e a receber, dentre outras funções. 

Ter as despesas muito bem mapeadas e previstas é de extrema importância para tomar decisões precisas na hora em que apertar o orçamento. Assim, evita-se surpresas e também pode-se realizar adequações sem prejudicar a qualidade do serviço ou produto oferecido pela empresa. 

Ainda na ordem das previsões, deve-se fazer cálculos preditivos, baseados nos meses anteriores e mesmo período de outros anos, para estimar o faturamento do mês seguinte. Dessa forma, fica mais simples elaborar estratégias comerciais e de marketing para atingir suas metas. 

Defina suas prioridades. Cada empresa tem sua particularidade e se encontra num momento de maturidade diferente. Escolha suas métricas estrela guia, ou seja as mais importantes para levar ao objetivo geral almejado.

Por fim, é importante reavaliar com regularidade seu planejamento e suas prioridades, principalmente em períodos de instabilidade econômica no país.

2- Diminua a inadimplência dos seus clientes 

Quem é empreendedor sabe que é o cliente que move a empresa. Sem uma base de clientes ativa, todos os outros processos do negócio ficam comprometidos. Por isso, a experiência na compra de um produto ou assinatura de um serviço deve ser confortável e recompensadora. 

O consumidor deve se sentir bem não apenas com a aquisição, mas também com a forma com que é tratado.

Mas, você deve estar se perguntando: por que tratar bem o cliente ajuda a diminuir a sua inadimplência? Consumidores que percebem valor em um serviço também percebem sua indispensabilidade. Consequentemente, os atrasos e falta de pagamento se tornam menos prováveis, devido ao receio por cortes e bloqueios.

Quanto mais controlada a inadimplência, seu fluxo de caixa fica mais previsível e, naturalmente, você conseguirá cobrir suas despesas sem apelar para planos emergenciais!

Uma boa forma de controlar a inadimplência e manter uma boa relação com seus clientes são os acordos. De acordo com o site Boa Vista Tecnologias, empresas que estimulam a renegociação têm ganhos de até 11% no valor acordado em relação às situações que envolvem processos judiciais.

Analisar o perfil do cliente e o histórico também é essencial na hora de cobrar. Isso ajuda na renegociações e possibilita incluir facilidades, como diminuição de juros e parcelamento da dívida. Bom lembrar que assim como você está sofrendo com a crise, seu cliente também está.

Mesmo para aqueles que são reconhecidamente maus pagadores, a renegociação ainda é preferível. A negociação amigável evita custos com os trâmites legais e honorários advocatícios.

Além disso, contar com lembretes periódicos pode ajudar a evitar que o atraso ocorra, poupando o desgaste da cobrança depois. É muito comum que a negligência e esquecimento gerem a inadimplência, não sendo intenção do cliente ser mau pagador. 

3- Utilize a tecnologia a seu favor: escolha um bom sistema de gestão

Ter boas tecnologias que auxiliem na gestão financeira é fundamental para qualquer negócio. De pequenas empresas a multinacionais, a maioria costuma contar com plataformas de gestão financeira. Automatizar os processos internos da empresa, principalmente os relacionados às cobranças, é a melhor alternativa para evitar falhas e maiores conflitos. 

Uma boa plataforma de gestão financeira auxilia ao:

  • Concentrar todos os processos internos da empresa em um único programa; 
  • Possibilitar a criação de réguas de cobrança automatizadas; 
  • Organizar os centros de custo da empresa;
  • Gerenciar meios de pagamento;
  • Entre muitas outras facilidades.

Em relação à diminuição da inadimplência dos clientes, os melhores softwares possuem uma série de ferramentas para ajudá-lo nessa missão, como: avisos automáticos sobre o vencimentos; pagamento recorrente em cartão de crédito (como se fosse o débito automático para o cliente); e suspensão automática do serviço caso o pagamento não seja efetuado.

Tudo isso colabora com a otimização do tempo dos seus funcionários, que terão mais tempo hábil para prospecção de novos clientes, o que pode levar a um aumento significativo no faturamento da empresa. 

Gostou das nossas dicas para manter a saúde financeira da sua empresa e não correr o risco de ficar inadimplente?

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