Cobrança recorrente: boleto bancário ou cartão de crédito?
As cobranças recorrentes exigem atenção especial para que todo o processo seja executado de forma automatizada. Usar um sistema de gestão de assinaturas e pagamentos adequado para a recorrência é fundamental para o bom andamento do fluxo de trabalho, pois é ele quem irá automatizar a geração periódica das cobranças nas modalidades de pagamento com boleto bancário ou cartão de crédito.
Afinal, a preservação de uma relação saudável com o assinante é o objetivo que todos os negócios recorrentes devem perseguir. Isso deve acontecer, principalmente, para que o fluxo de caixa se mantenha previsível e estável.
Garantir que as cobranças sejam feitas de forma automatizada e com a maior conversão possível é fundamental. Para isso, é necessário entender os mecanismos de cada modalidade de pagamento e em qual público cada uma delas se encaixa melhor.
Cobrança recorrente com boleto bancário e cartão de crédito
Basicamente, existem três formas utilizadas para pagamento recorrente hoje no Brasil: boleto bancário, cartão de crédito e débito automático. Mas vamos focar nas duas primeiras, que são as mais utilizadas por pequenas e médias empresas.
O boleto bancário é uma das mais conhecidas e utilizadas modalidades, principalmente no mercado B2B e entre as empresas que trabalham com tickets médios mais elevados.
O cartão de crédito tem ganhado cada vez mais espaço na recorrência, principalmente no mercado B2C (negócios feitos entre empresas e consumidores finais pessoas físicas). Um dos principais motivos do sucesso é a comodidade. Isso acontece pois o cliente repassa seus dados uma única vez e as transações subsequentes são feitas de forma automatizada.
Já o débito automático em conta funciona debitando diretamente o valor na conta bancária, mediante a existência de saldo. Esta operação recorrente deve ser autorizada pelo cliente junto ao banco, ao passo que cabe à empresa abrir convênios junto às instituições bancárias para ampliar as opções de recebimento. Os bancos estão cada vez mais reduzindo esta modalidade para micro e pequenas empresas, por conta de problemas com fraude.
Todas essas modalidades de pagamento possuem aspectos positivos e desfavoráveis e também demandam uma correta gestão para que todo o processo de cobrança obtenha maior taxa de sucesso.
Qual meio de pagamento oferece mais vantagens: boleto bancário ou cartão de crédito?
No momento de definir as modalidades de pagamento, algumas empresas recorrentes podem ter dúvidas sobre qual delas funciona melhor para o seu perfil de negócio e de público.
O fato é que não existe uma única fórmula capaz de funcionar bem em todos os casos. O mais indicado é levar em conta alguns aspectos mais relevantes sobre cada uma das modalidades de pagamento.
Vamos ver alguns cenários mais importantes.
Cartão de crédito
Ideal para empresas que tenham taxas de inadimplência altas. Essa modalidade funciona bem porque a cobrança é feita de forma automatizada, ou seja, não depende da ação do cliente para a conclusão do pagamento.
Como um dos pontos desfavoráveis estão as altas taxas cobradas para a antecipação dos valores a serem recebidos, o que pode comprometer o fluxo de caixa.
O emprego do cartão de crédito é também um bom aliado para tickets mais baixos, pois evita que o cliente se esqueça de efetuar o pagamento em virtude da baixa importância financeira.
Boleto bancário
Já para os tickets médio mais elevados ou negócios B2B (entre empresas), o boleto bancário em geral é mais utilizado. No meio corporativo esse método de cobrança é o preferido, pois nem todas as empresas trabalham com cartão de crédito – e as que possuem, precisam de aprovação para os pagamentos.
O boleto também cai como uma luva para contratos com vigência anual, nos quais o montante da transação é bastante expressivo e, por conta disso, a taxa acaba encarecendo a operação.
O boleto não é recomendado para quem trabalha com tickets médios mais baixos. Isso porque boletos com valores pequenos são mais frequentemente ignorados pelos clientes, aumentando a taxa de inadimplência por esquecimento e potencializando o risco de churn involuntário.
Para facilitar, veja abaixo uma comparação.
Prós e contras do boleto bancário e do cartão de crédito
[table width =”100%” style =”table-striped” responsive =”true”]
[table_head]
[th_column]Riscos[/th_column]
[th_column]Boleto bancário[/th_column]
[th_column]Cartão de crédito[/th_column]
[/table_head]
[table_body]
[table_row]
[row_column]Inadimplência[/row_column]
[row_column]Alto[/row_column]
[row_column]Baixo[/row_column]
[/table_row]
[table_row]
[row_column]Churn involuntário[/row_column]
[row_column]Alto[/row_column]
[row_column]Baixo[/row_column]
[/table_row]
[table_row]
[row_column]Incidência de taxas[/row_column]
[row_column]Baixa[/row_column]
[row_column]Alta (principalmente para a antecipação dos recebimentos)[/row_column]
[/table_row]
[table_row]
[row_column]Dias para recebimento[/row_column]
[row_column]1 ou 2 dias[/row_column]
[row_column]30 dias (repasse padrão)[/row_column]
[/table_row]
[table_row]
[row_column]Previsibilidade de receita[/row_column]
[row_column]Menor[/row_column]
[row_column]Maior[/row_column]
[/table_row]
[table_row]
[row_column]Maior aceitação[/row_column]
[row_column]Mercado B2B[/row_column]
[row_column]Mercado B2C[/row_column]
[/table_row]
[/table_body]
[/table]
Cartão de crédito: como acompanhar o desempenho das cobranças?
Uma das grandes preocupações de quem adota o cartão de crédito como modalidade de pagamento é ter de lidar constantemente com as falhas nas cobranças.
Os impactos negativos advindos de problemas nesse tipo de operação podem ser significativos.
Por exemplo… Pense em um negócio que fatura R$ 1 milhão/mês e, mês após mês, 5% das transações dos clientes que pagam com cartão de crédito são negadas pelo adquirente. Isso corresponde a R$ 50 mil/mês ou a R$ 600 mil no final de um ano.
Os valores são expressivos.
Por isso, acompanhar a performance das cobranças com cartão de crédito é uma tarefa que deve ser diária para que as devidas providências sejam tomadas em tempo hábil.
Para auxiliar nesse dia a dia, no sistema de gestão financeira do Superlógica é possível acompanhar o processamento das cobranças em uma tela que mostra como está a taxa de aprovação e a performance das cobranças. Também é possível visualizar o quanto as taxas de falhas e sucesso representam em valores financeiros.
Um sistema de gestão como o Superlógica também está preparado para melhorar as taxas de conversão das transações no cartão de crédito.
Isso é feito por meio de estratégias de retentativas de cobrança que o sistema executa, em dias diferentes, nas situações em que pagamento não pôde ser concluído. Essa opção garante o recebimento em casos de falhas temporárias – quando o cartão é recusado por insuficiência de saldo – e reduz o churn involuntário.
Se as falhas persistirem, o sistema encaminha ao cliente um e-mail no qual solicita a troca do cartão e/ou a opção de pagamento via boleto.
Já nos casos de falhas permanentes, as retentativas são interrompidas e o cliente também é avisado.
Risco de inadimplência é mais alto com o boleto bancário
Na verdade, qualquer modalidade de pagamento oferece riscos de inadimplência. Quem usa o boleto bancário deve se atentar, pois dependendo do ticket médio há o risco de documento ser ignorado pelo cliente.
Dessa forma, manter uma boa régua de cobrança é indispensável para afastar o pesadelo da inadimplência. A régua permite que sejam criadas ações para prevenir o atraso de pagamentos e, também, que os pagamentos sejam cobrados no momento certo.
Além disso, é possível mapear os canais de relacionamento com o seu cliente e usá-los para informar sobre o vencimento próximo de uma conta ou para notificar a respeito de um atraso.
Fim do boleto sem registro: cuidado com as taxas bancárias
Outro aspecto relevante com relação à adoção do boleto como modalidade de pagamento é o fim do boleto sem registro. Até novembro de 2018, todo o processo de implementação da Nova Plataforma da Cobrança da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) será concluído, segundo o cronograma divulgado pela entidade.
E quais são os impactos do fim do boleto sem registro?
Os bancos poderão cobrar taxas para a emissão do boleto nas transações de registro, liquidação, baixa e manutenção do título e alteração de dados.
É preciso ficar atento, pois os valores variam de acordo com a instituição.
Entretanto, existem alternativas que possibilitam o pagamento apenas no momento da liquidação do boleto. Uma delas é usar o PJBank, totalmente integrado ao Superlógica. O PJBank é uma conta digital que opera por intermédio da BPP Digital, instituição de pagamento que atua nos termos da Lei Federal 12.865/2013. A conta digital é parte integrante da plataforma de pagamentos recorrentes da Superlógica.
Ao emitir os boletos através do PJBank, não é necessário enviar arquivo de remessa ao banco e nem realizar a conciliação de forma manual (retorno). Ambos os processos são 100% automáticos.
Essa é uma solução que vale a pena. Afinal, ao adotar uma solução integrada ao ERP, a ideia é reduzir custos, trabalho manual e erros.