Como a produtividade no home office modificou a vida do trabalhador
Após pouco mais de três meses em distanciamento social, o trabalhador brasileiro já mantém uma nova rotina de trabalho. Para muitos deles, o trabalho à distância é a principal mudança. Alguns atuam com mais facilidade para manter a produtividade na pandemia, em regime de home office, outros com menos. O fato é que essa nova estrutura já mostrou que veio para ficar.
Uma pesquisa feita pela Capterra e pela Gartner, com 4,6 mil profissionais de pequenas e médias empresas de 9 países (incluindo o Brasil) aponta que 55% dos trabalhadores pretendem continuar com o trabalho remoto de forma permanente.
Na mesma pesquisa, 77% das pequenas e médias empresas brasileiras adotaram o home office no período da quarentena. O Brasil seguiu uma tendência global, a qual grandes pólos empresariais de todo o mundo já vinham adotando com a chegada da crise causada pelo novo coronavírus.
Em outra pesquisa da Gartner, 74% dos 317 líderes de departamentos financeiros entrevistados pretendem manter uma parcela dos seus colaboradores em algum tipo de trabalho remoto após o período de isolamento social, mesmo que seja em períodos intercalados.
As principais vantagens do home office
1. Não precisa gastar tempo com deslocamento
Além do trabalhador, que ganha mais tempo sem a necessidade de se deslocar para a empresa todos os dia, o empregador também economiza no pagamento dos vales-transporte.
2. Ajustar tempo de trabalho e vida pessoal
Resolver alguma pendência no banco, entregar algo nos correios… No home office, o funcionário ganha mais liberdade para equilibrar suas obrigações pessoais e profissionais, inclusive para compensar eventuais ausências, necessárias, durante o expediente.
3. Aumentar a produtividade
Muitos trabalhadores relatam que o expediente em casa aumentou a produtividade, seja por não ter as distrações recorrentes do ambiente de trabalho ou como um resultado do maior conforto para realizar as tarefas.
4. Melhorar a relação com os demais moradores (filhos, cônjuges, animais de estimação, colegas de casa…)
Com o ganho de tempo e a proximidade física, fica mais fácil cuidar dos filhos e dar atenção aos pets no dia a dia.
Inclusive, a empatia é uma dica importante para quem está do outro lado em videoconferências. Entenda que interrupções e barulhos são comuns, nem todo mundo tem um cantinho isolado para desempenhar suas funções – sobretudo com crianças pequenas, que demandam atenção.
O ‘boom’ da tecnologia empresarial
Toda essa mudança obrigou as PMEs do país a se adaptarem à nova realidade. Com isso vieram os investimentos, principalmente, o tecnológico.
No mesmo estudo da Capterra e da Gartner, 43% das empresas entrevistadas comprou novos softwares para conseguir operar remotamente. Outros 25% planejam fazê-lo em curto prazo.
Entre os principais softwares adotados pelas PMEs, estão:
- Plataformas de videoconferência
- Programas de assistência remota
- Serviços do Google (G Suit, Docs, Sheets, entre outros)
- Pacote Office
Esses dados mostram que a crise acelerou uma tendência mundial: o teletrabalho. Mesmo antes da pandemia, o debate sobre o trabalho à distância já vinha crescendo em todo o país.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a quantidade de brasileiros em home office aumentou 44% entre os anos de 2012 e 2018.
Para se adaptar a essa realidade com mais facilidade, confira abaixo como munir os colaboradores com os recursos necessários para um trabalho remoto produtivo.
Dicas para líderes e gestores que querem manter o home office após a pandemia
- Ouça os seus colaboradores. É importante que a distância não diminua a relação social. Preste a atenção a sinais de estresse e faça reuniões de vídeo periódicas (mas não excessivas);
- Antes de oferecer uma infinidade de novos softwares, certifique-se de que os colaboradores já tenham domínio sobre a última ferramenta instalada. Ofereça auxílio sempre que necessário;
- Dê atenção ao que realmente importa. Foque mais nos resultados apresentados do que nos processos realizados pelos colaboradores.
Pontos que ainda precisam ser melhorados para melhorar a produtividade na pandemia
Como o coronavírus acelerou o processo de digitalização das empresas sem elas estarem inteiramente preparadas, alguns pontos ainda precisam ser adaptados. Veja os principais:
Comunicação entre colegas
Além de manter a relação social entre gestor e liderado, é necessário garantir a boa comunicação entre os colegas de trabalho. A pesquisa aponta que 30% dos trabalhadores das PMEs entrevistadas estão sofrendo com a solidão durante o home office.
Portanto, ofereça recursos de comunicação empresarial e incentive o seu uso. Além de ser importante para a saúde mental do trabalhador, esse ponto ajuda a manter a qualidade do serviço final e a interação entre a equipe.
Também, estimule o contato e ações que não sejam diretamente relacionadas ao trabalho. Conversas descontraídas, happy hour virtual, dinâmicas divertidas e muitas outras ideias assim podem fazer a diferença para seus colaboradores.
Segurança das informações da empresa
Outro desafio para ser colocado em pauta é a segurança dos dados da empresa. A Agência de Cybersegurança da União Europeia divulgou, em abril deste ano, um alerta pedindo atenção ao assunto. O órgão ressalta a segurança na utilização de telefones celulares e computadores pessoais para acessar redes corporativas.
Até o momento, muitos funcionários ainda não receberam treinamentos em segurança da informação para trabalhar remotamente. Veja as principais ações a serem pontuadas:
- Utilização de senhas fortes, com letras, números, caracteres e, se possível, dupla autenticação;
- Uso de antivírus;
- Instalação de softwares de segurança de e-mail;
- Utilizar apenas equipamentos de uso empresarial e eliminar o uso dos pessoais.
Conexão com a internet
A rede de internet ainda é um problema no Brasil. Desde o começo da pandemia, funcionários relatam dificuldades com a rede em suas casas. Problemas como uma videochamada com queda de conexão e lentidão para baixar arquivos são recorrentes.
Nesse cenário, pode ser interessante para a empresa investir na própria rede do colaborador, como uma espécie de “vale-internet” ao invés do “vale-transporte”.
Se a internet de alta velocidade não for uma opção na região, também existem alternativas, como os pen modems vendidos por operadoras de telefonias.
Sobre a Superlógica
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