Desafios do trabalho remoto: o que pensam os líderes da Superlógica

O trabalho remoto trouxe inúmeros desafios para todos nós, principalmente para gestores de equipes. Por isso, convidamos alguns líderes da Superlógica para trazer dicas de como tornar o trabalho home office mais produtivo, equilibrado e saudável.

Por: Grupo Superlógica4 Minutos de leituraEm 27/08/2021Atualizado em 31/03/2022

Nunca se falou tanto em trabalho remoto e home office quanto nos últimos meses. Com a pandemia, ficar em casa virou uma questão de saúde, e muitos negócios tiveram que experimentar esse modelo pela primeira vez.

Muitas empresas já estavam acostumadas com o trabalho remoto, mas a crise sanitária fez com que grande parte do mercado digitalizasse ainda mais processos internos.

Tanto faz se a mudança foi promovida por necessidade ou conveniência: geralmente, gestores que experimentam o trabalho remoto ficam satisfeitos com a diminuição nos custos da empresa.

Além disso, ampliam o leque de opções no recrutamento de talentos, já que podem contratar pessoas de qualquer lugar.

Sem contar que o modelo pode aumentar a satisfação e bem-estar da equipe, pela comodidade de não precisar encarar o estresse do trânsito e/ou transporte coletivo.

Mas nem tudo são rosas, é claro. Para que o trabalho remoto funcione tão bem ou melhor que o modelo presencial, é preciso superar alguns desafios.

Conversamos com os líderes da Superlógica para abordar quais são, na visão deles, esses desafios. Confira!



Disciplina

Para algumas pessoas, é difícil separar o trabalho da vida doméstica e pessoal estando em casa, sem a chegada ao escritório para marcar o começo do expediente. Pode ser complicado manter o mesmo foco e motivação.

“Acho que um dos principais desafios do modelo de trabalho remoto é a disciplina, o foco na gestão da equipe para além da entrega dos resultados operacionais da área”, opina o Gerente de Marketing da Superlógica, Leandro Lima.

Segundo ele, liderar envolve uma série de funções que exigem proximidade e observação, dois atributos que ficam muito prejudicados com o trabalho remoto.

“Como líder, para uma gestão de pessoas eficiente, creio que seja fundamental um esforço extra nesse momento para estar próximo à equipe e atento aos detalhes e sinais que seus liderados demonstram, mesmo que distante fisicamente e se comunicando por vídeos e mensagens.”, conclui.

Senso de pertencimento

Para Daniel Campos, Head of Design da Superlógica, o grande desafio da liderança remota é preservar a cultura e o senso de pertencimento da equipe.

“Somos um time e devemos pensar e agir como um time. Então, o desafio é fazer com que a equipe não se comporte como um grupo de freelancers, que fazem seu serviço em determinado projeto e não desenvolvem uma proximidade com a marca”, conta.

O desafio é ainda maior no seu caso: sua equipe tinha nove pessoas antes da pandemia e passou a ter 20 integrantes. Com o crescimento do time, as rotinas de acompanhamento que eram realizadas com todos, agora foram separadas por grupos. 

Uma das alternativas para fomentar o sentimento coletivo é criar momentos diferentes. Pode ser um happy hour remoto e encontros semanais de uma hora para assistir e debater uma apresentação de um colega sobre qualquer assunto.

“Parece pouco, mas não é. Isso ajuda a preservar o sentimento de time e senso de pertencimento, que é muito importante para que a gente consiga suprir as vulnerabilidades uns dos outros”, acrescenta o líder.

Transparência

Vitor Pisco, Gerente de Vendas e Customer Success da Superlógica, trabalha em home office há mais de cinco anos e lidera times de forma remota desde 2019. Ou seja, antes mesmo da pandemia.

Segundo ele, transparência é um quesito essencial para a modalidade funcionar. Afinal, ela permite que se tenha confiança, respeito, foco e, acima de tudo, entrega de resultados.

“Conquistamos o respeito quando entendemos que estamos em um ambiente diferente de um escritório. Podemos ter desafios com companheiros, filhos, pets, quedas de energia, sinal de celular e internet, por exemplo”, exemplifica.

Quanto à entrega de resultados dos liderados, uma questão primordial a ser gerida pelo líder. Pisco acredita ser necessário questionar e planilhar as atividades realizadas para uma melhor organização. Além de foco, claro, para tornar mais fácil corrigir a forma de atuação, se preciso.

Comunicação e ferramentas digitais

Em casa, o colaborador não tem a presença física de um colega ou gestor por perto. Nesse cenário, exercer a liderança e manter uma comunicação fluida com a distância é um dos principais desafios, segundo Viviane Almeida, Sales Coordinator SDR da Superlógica.

“Sabemos o quanto a distância interfere na comunicação, que é o pilar da boa gestão. Por isso, como líderes, devemos ter uma liderança presente e forte, a fim de estimular os colaboradores em ações como desenvolvimento, envolvimento e, principalmente, o engajamento do time”, opina.

Para isso, não faltam soluções digitais, desde sistemas de comunicação a distância, passando por ferramentas de gestão de projetos, como Asana e Trello. 

Em alguns processos, o número de ferramentas disponíveis no mercado é enorme. Querendo ou não, isso exige um cuidado e planejamento especiais por parte das lideranças da empresa.

Quando falamos em comunicação e gestão de tarefas e processos, os colaboradores devem usar as mesmas plataformas e as informações precisam estar integradas.

E os eventos?

Quanto ao serviço em si, há áreas em que não faz praticamente nenhuma diferença o lugar onde o trabalhador está. Um designer ou programador, por exemplo, só precisa de seu computador.

Mas também há áreas em que o serviço tem uma relação próxima com estar presente em determinado local. É o caso dos eventos.

“Quando falamos em desafios da liderança na pandemia, na área de eventos tivemos um em dose dupla”, comenta Clara Mancuso, Head de Eventos da Superlógica.

“Não só nosso trabalho no dia a dia era presencial, como todos os inúmeros eventos que realizávamos também. Então, muito além de criar uma forma humana, assertiva e eficiente de nos comunicarmos, tivemos que reinventar a própria demanda que atendíamos e transformar todos os eventos em online“, acrescenta.

Segundo ela, houve muito estudo, pesquisa e formação em novas ferramentas. Além disso, um escopo novo de conhecimentos técnicos foi incorporado pela equipe, para que os eventos tivessem o mesmo impacto virtualmente que tinham presencialmente.

“Com tudo isso, considero que o time obteve sucesso com louvores, mas ainda acredito que temos muito que aprender e descobrir para ser realmente incríveis em nosso trabalho”, finaliza.

Trabalho remoto é um aprendizado constante

“Sempre há muito que aprender”, como afirmou Clara. Com ou sem pandemia, o trabalho remoto vai continuar cada vez mais comum, independente do tipo de empresa. 

E você, enxerga mais benefícios ou desafios nisso? Deixe um comentário abaixo com a sua opinião.

 

Sobre a Superlógica

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