O que é OKR? Como implementar na minha empresa?

Por: Heitor Facini4 Minutos de leituraEm 18/10/2019Atualizado em 19/06/2020

Um dos grandes desafios de empresas de qualquer porte é a organização e o engajamento do time. Definir uma cultura organizacional forte e reforçar uma estratégia de endomarketing são processos importantes para melhorar a produtividade dos funcionários, mas não podemos deixar de lado uma boa estratégia de gestão e definição de metas e objetivos. Uma das estratégias que vem se popularizado é a de OKR. Mas, o que é OKR?

Para entender mais como essa metodologia funciona e gera resultados, conversamos com Bruno Soares, CEO e co-founder da Feedz, e Cristiane Carmo, consultora de OKRs na Superlógica. Do papo, surgiu um episódio do nosso podcast que pode ser conferido logo abaixo. 

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O que é OKR?

A metodologia de gestão foi desenvolvida na década de 1970 por Andrew Grove, ex-CEO da Intel, mas começou a ficar bem mais famoso a partir o final do século passado, em 1999, quando começou a ser implementado no Google. “As empresas começam a replicar o que é bem sucedido nas maiores, né?”, declarou Bruno. 

A partir disso, a metodologia começou a se espalhar para outras empresas tecnológicas e inovadoras do Vale do Silício. Segundo Bruno, qualquer uma pode aplicar o conceito, desde que se façam adaptações. “Por exemplo, implantamos OKR em órgão público, que é um pouco mais lento do que empresa de tecnologia”. 



Mas o que elas realmente são?

A metodologia OKR (Objectives and Key Results) é focada na gestão de metas e objetivos a longo prazo, mas se difere das tradicionais KPIs (Key Performance Indicators) e dos planejamentos estratégicos longos. “O legal é que ela é um pouco mais simples”, explica Bruno. “Não leva em conta cascateamento de estudo anual”. 

Antes, as metas eram definidas em um ciclo anual e metrificadas ao longo do período, mas isso não funciona para as empresas tecnológicas. “Em três meses, por exemplo, minha empresa pode deixar de existir! Como o ciclo anual vai funcionar?”, questionou Bruno. 

A OKR também tem outra característica diferente da gestão de métricas tradicional quanto a construção delas. Ao invés de “serem empurradas” de maneira top down (de cima para baixo, ou seja, dos líderes para os liderados), elas são construídas em conjunto com toda a equipe. 

“O protagonismo ajuda o alinhamento que é tão necessário e tão difícil de se estabelecer dentro das equipes”, lembrou Cristiane. “A cocriação é uma parte bem bacana das OKRs. Todos os colaboradores vão conseguir definir a sua meta de forma a ficar alinhada a estratégia da empresa”.

As áreas passam a trabalhar mais juntas

Por desdobrar desafios em comum da empresa, criando um grande senso de propriedade e de dono, as áreas vão acabar trabalhando mais interligadas e deixando “birras” e “panelinhas” de lado. 

“Tudo é criado de acordo com a estratégia! A ideia é que a empresa alinhe os objetivos e resultados com as outras áreas”, explicou Cristiane. “As OKRs são definidas em conjunto por que, na maioria dos casos, vai ocorrer uma codependência entre as áreas”.

Como elas funcionam?

Através do objetivo macro estratégico da empresa, cada área divide em objetivos relativos a atuação dela. Esses objetivos são divididos em alguns resultados chaves (key results) que tem que ser facilmente mensuráveis. 

“Esses objetivos da empresa são reelaborados de acordo com os resultados trimestrais”, aponto Carmo. “Garantimos que todas as áreas estejam alinhadas e, se existe falta disso, elas acabam se ajudando”. Cada objetivo tem que estar alinhado com essa estratégia e deve-se estabelecer metas ousadas. 

Assim, semanalmente, os times se reúnem para definir se as metas estão sendo batidas e estão de acordo. “Uma das cerimônias importantes é a reunião de check-in, que pode acontecer uma vez por semana ou uma vez a cada quinze dias”, apontou Bruno. “Ela serve para avaliar os objetivos descritos no início do trimestre, quais as dificuldades, se estão indo pro caminho certo, se está tudo ok”.

O que eu preciso para implantar OKR na minha empresa?

O maior desafio dentro de uma empresa para implantar a metodologia de OKRs está relacionado a cultura organizacional. “Eu preciso aculturar e conseguir engajamento dos colaboradores nessa proposta, caso contrário não funciona no dia a dia”, apontou Cristiane Carmo. “Só atingimos os resultados com as pessoas bem esclarecidas”. 

Bruno concorda. “A mudança cultural tem que acontecer. A maioria das empresas já tem um processo de gestão de objetivos, gestão de metas, então, tem que começar com pequenos ciclos, colocando OKR por equipes e, aos poucos, o efeito é visto”.

5 dicas para o uso das OKRs dentro da sua empresa

Por fim, 5 dicas resumem bem o papo com os dois. São elas:

  1. Não atrele bônus a OKRs;
  2. Entenda que o efeito não será visto imediatamente;
  3. Adapte para a realidade da sua empresa. Às vezes o ciclo pode ser de apenas 1 mês ou de 6 meses;
  4. Pergunte o porquê de você estar definindo aquele key result;
  5. Sempre realize tarefas que estejam de acordo com o objetivo. Se estiver fazendo algo diferente, ou é desnecessário ou a OKR foi mal definida.

Sobre a Superlógica

A Superlógica desenvolve o software de gestão líder do mercado brasileiro para empresas de serviço recorrente. Somos referência em economia da recorrência e atuamos nos mercados de SaaS e Assinaturas, Condomínios, Imobiliárias e Educação.

A Superlógica também realiza o Superlógica Xperience, maior evento sobre a economia da recorrência da América Latina, e o Superlógica Next, evento que apresenta tendências e inovações do mercado condominial.

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