Fintechs são confiáveis? Entenda porque você não precisa se preocupar

Por: Cinthia Bronzati4 Minutos de leituraEm 29/04/2021Atualizado em 29/04/2021

Elas estão na moda. Se antes eram uma grande novidade, hoje já se tornaram bastante comuns entre o público brasileiro. Mas será que a fintechs são confiáveis? Será que vale a pena confiar o seu dinheiro a essas empresas?

Fintech é a abreviação de financial technology, ou tecnologia financeira. O termo é usado para se referir a empresas (geralmente startups) que estão revolucionando processos financeiros com tecnologia e inovação.

Como funcionam e se apresentam de maneira diferente dos bancos tradicionais, levantam algumas dúvidas entre os consumidores mais desconfiados.

Neste artigo, vamos mostrar que não há motivo para tamanha desconfiança. Siga em frente e entenda o porquê. Boa leitura!

Vantagens de ser cliente de uma fintech

As fintechs utilizam e desenvolvem tecnologias para oferecer serviços bancários como: conta corrente, cartão de crédito, meios de pagamento, gestão financeira, transações bancárias, seguros e investimentos.

Tudo isso através de uma plataforma digital em vez de uma agência bancária. Trazendo vários diferenciais, como os que vamos detalhar abaixo.

Agora, veja os principais benefícios de ser cliente de uma fintech.

Menores taxas e juros

O relacionamento do cliente com uma fintech ocorre no ambiente online, geralmente através de e-mails, chats ou até aplicativos como o WhatsApp. Esse modelo de negócio, portanto, não depende de espalhar agências bancárias pelo país para aumentar a participação de mercado.

Consequentemente, a necessidade de uma grande equipe para atendimento é menor, porque as plataformas digitais das fintechs têm muitas funções intuitivas de autoatendimento e, cada vez mais, doses de inteligência artificial que melhoram significativamente esses atendimentos.

Por isso, o preço de seus serviços é tão atrativo: com uma estrutura enxuta, nos moldes de uma startup, a fintech tem menos custos, pode cobrar juros baixos e menos taxas (ou nenhuma taxa) e, mesmo assim, ser uma empresa muito lucrativa.

E você deve estar se perguntando de onde vem o lucro das fintechs. Geralmente eles vêm de juros sobre empréstimos, programas de recompensa, planos de previdência e multas por atraso entre outros.

Melhor experiência do usuário

Conforme os anos passam, a parcela da população que é familiarizada com as plataformas digitais aumenta consideravelmente.

Ou seja, o público é cada vez menos dependente do atendimento presencial dos bancos. Para substituí-lo, as fintechs apostam todas as fichas na experiência do usuário, com designers e desenvolvedores focados em tornar as plataformas tão intuitivas e fáceis de usar quanto possível.

Mais conveniência e praticidade

Outro fator que colabora com a experiência do usuário e traz mais conveniência e praticidade para o cliente é a desburocratização.

Tudo é resolvido online e sem complicações, pois as fintechs aproveitam bases de dados já disponíveis e inteligência artificial para, por exemplo, avaliar o risco da concessão de crédito para um cliente.

E clientes de fintechs, geralmente resolvem tudo pelo celular de forma muito rápida e simples, sem precisar sair de casa. 

Estímulo à concorrência

Com as recentes leis e regulamentações do Banco Central, que permitiram o surgimento de fintechs em diversas áreas (conta digital, cartão de crédito, investimentos, etc.), naturalmente houve um grande estímulo à concorrência.

Sem a necessidade de uma estrutura física tão robusta quanto a de um banco tradicional, é mais fácil fazer surgir uma startup da área financeira do que uma agência bancária.

Sem contar que os próprios bancos tradicionais já começaram a oferecer serviços semelhantes e investir pesado na criação de melhores aplicativos para dispositivos móveis.

E, quanto mais concorrência, melhor para o consumidor.

Mais eficiência na prestação de serviços

Por fim, o melhor é que, mesmo com uma estrutura bem mais enxuta, as fintechs conseguem entregar um serviço extremamente eficiente.

Com a tecnologia, investimento em experiência do usuário e desburocratização dos processos, tudo é resolvido de forma muito mais rápida. Você pega o celular e executa as ações pretendidas com muita agilidade e sem complicações.

Nova call to action

Fintechs são regulamentadas pelo Banco Central?

Sim. Até abril de 2018, as fintechs precisavam fechar parcerias com bancos e financeiras para realizar transações bancárias, pois ainda não eram regulamentadas no Brasil, o que encarecia o processo e o tornava burocrático.

Naquele ano, o Conselho Monetário Nacional (CMN) do Banco Central instituiu duas resoluções que foram um marco na história dos serviços financeiros digitais:

  • Resolução nº 4.656/2018, que instituiu a Sociedade de Crédito Direto (SCD) e a Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP), dois novos modelos societários que permitiram às fintechs atuarem nessas áreas de maneira independente, sem vínculo com outras instituições;
  • Resolução nº 4.657/2018, que ampliou o escopo de atividades das fintechs, permitindo que elas trabalhassem com um maior número de serviços sem a intermediação de um banco.

É por isso que, nos últimos anos, a quantidade de plataformas digitais de serviços financeiros disponíveis para o consumidor brasileiro aumentou tanto. E além disso, a regulamentação pelo Bacen, endossa o fato de que fintechs são confiáveis.

Afinal, as fintechs são confiáveis?

Sim! As fintechs são confiáveis e seguras tanto quanto os bancos tradicionais, ou até mais, já que utilizam os melhores e mais inovadores recursos tecnológicos que existem.

Mesmo assim, é importante tomar alguns cuidados, o que vale também para quem pensa em se tornar cliente de qualquer banco ou instituição financeira tradicional.

Alguns fatores que você deve avaliar:

  • Investigue qual a origem e regulamentação da fintech;
  • Descubra qual a política da empresa em relação à segurança da informação e proteção aos dados e se ela segue medidas de combate a fraudes;
  • Observe se a fintech tem queixas em órgãos de defesa do consumidor. Se tiver, qual é a sua postura diante das reclamações?

Especificamente quanto à proteção dos dados, temos que lembrar a recente Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), que traz novos compromissos em relação à transparência, compliance e segurança no uso dos dados pessoais dos usuários.

Embora a legislação tenha avançado nesse sentido, é sempre bom se certificar do que a empresa faz proativamente, além das obrigações legais, para proteger seus dados pessoais.

Nossa dica final é analisar se a fintech tem uma parceria com uma empresa conhecida ou se faz parte de um grupo de empresas, uma chancela de que se trata de um negócio seguro e confiável, vinculado a marcas consolidadas no mercado.

Gostou do conteúdo? Se quiser entender mais sobre fintechs, recomendamos a leitura do artigo "O que é fintech: o guia completo".

 

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