Como criar uma cultura de alta performance na jornada empreendedora?

Por: Heitor Facini5 Minutos de leituraEm 21/08/2018Atualizado em 09/05/2022

O que faz uma empresa crescer? O que tem um líder que proporciona esse crescimento para a empresa? Como um líder em uma empresa consegue engajar seus funcionários rumo a um objetivo bem definido em um propósito?

“Para conseguir crescer de forma exponencial, você precisa pensar e agir rapidamente”, declarou Paulo Alvarenga, sócio fundador da Crescimentum. “É necessário aprender agora e não ficar esperando que as coisas aconteçam para você de mão beijada”.

Paulo desvendou os segredos dos líderes das organizações exponenciais em sua palestra “Cultura de alta performance na jornada empreendedora” para o Superlógica Xperience 2018. Nela, ele relata o que aprendeu durante os últimos anos formando lideranças nas empresas e os erros que elas vem cometendo. Confira a palestra completa no vídeo abaixo e, na sequência, leia o nosso artigo sobre o assunto.

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Qual o futuro do trabalho?

A palestra do Paulo começou falando sobre o futuro do mercado. Ele apresentou um vídeo com soluções inovadoras que surgiram nos últimos anos: carros autônomos, chatbots, impressoras 3D, realidade aumentada e virtual, inteligência artificial e machine learning.

Inicialmente, a percepção pode ser de algo futurista, que não vai afetar a sua vida pessoal e nem o seu trabalho em um curto espaço de tempo. Entretanto, alguns dados comprovam que esse futuro já está mudando o presente. O Mckinsey, empresa de consultoria empresarial norte-americana, apresentou um estudo falando que 45% das tarefas poderiam ser automatizadas com as ferramentas que já existem hoje.



Outro dado que chama a atenção vem do Fórum Econômico Mundial. Segundo artigo, 33% das funções de trabalho que vão existir em 2020 ainda não foram criadas.

Além disso, ele apresentou no vídeo os dados de que o número de empregos em Wall Street caiu de 150 mil para 100 mil, ou seja, perdendo ⅓ dos funcionários.

O vídeo continua adicionando que não são apenas trabalhos matemáticos que serão impactados. Áreas de reclamação em empresas de seguro, no Japão, já estão substituindo funcionários por inteligência artificial. Robôs irão fazer jornalismo e Poker será jogado por computadores.

Empresas menores conseguem ser empresas mais valiosas tendo menos funcionários. Ou seja, a tecnologia permitiu que fossem criadas organizações exponenciais com menos funcionários e mais conhecimento tecnológico. “Trabalhos que requerem conhecimento também estão sumindo ou vão ser afetados por automação e inteligência artificial nos próximos anos”, conclui o vídeo.

Como se adaptar para esse novo mercado?

A primeira coisa que o vídeo argumenta é que, apesar das perdas de postos de trabalho, haverá espaço para desenvolver as habilidades necessárias para realizar uma determinada função. Passa a ser necessário ter conhecimento tecnológico para saber o que implementar. Primeiro será preciso entender os fundamentos da tecnologia para depois aprender.

A coisa boa? Nunca foi tão fácil conseguir aprender tudo isso. Através das ferramentas tecnológicas que propiciam esse conhecimento, é muito mais fácil. “É necessário uma mentalidade de crescimento para conseguir”, afirma. Por isso você consegue aprender sobre UX, automação, dados e todo o resto. “É hora de conseguir aprender tudo isso, construir coisas e mostrar ao mundo” é a mensagem que encerra o vídeo.

Como as organizações podem se adaptar a esses anseios?

Após o fim do vídeo, Paulo apresenta as principais dificuldades das organizações de lidar com essa nova realidade. Ele cita algumas delas como:

  • Manter uma equipe engajada;
  • Ser empreendedor sem necessariamente colocar a mão na massa;
  • Alta rotatividade de talentos;
  • Criar novos líderes na empresa;
  • Construir um ambiente com foco no resultado;
  • Fazer com que o time se sinta parte da empresa;

Paulo cita que existem dois caminhos, do crescimento incremental e do exponencial. O primeiro tem como características estipular metas realistas, seguir o plano, minimizar o risco, padronizar, centralizar a tomada de decisões e alcançar seus números.

O segundo muda: os objetivos são ambiciosos, o plano vira visão, deve-se priorizar o aprendizado em vez do risco, quebrar padrões e personalizar. Além de empoderar tomada de decisões e fazer com que a sua rede aumente em vez dos números.

“É uma quebra da hierarquia tradicional”, explica Paulo. “É necessário criar um ambiente com várias lideranças informais. Todo mundo vira o seu próprio gestor orientado a uma cultura compartilhada”.

E isso acaba gerando lucro para a empresa. Paulo cita uma frase de Paul J. Zak, neurocientista e economista:  “Aumento de confiança gera lucro”. Por isso, é necessário empoderar o funcionário para fazer parte de uma organização que ele sinta vontade de construir algo maior. “Se sua cultura não estiver bem alinhada, o engajamento vai pro ralo e a estratégia também”.

Os 7 níveis para liberar a consciência organizacional

Para concluir seu pensamento, Paulo apresentou os conceitos de Richard Barrett, autor britânico focado em liderança, desenvolvimento de liderança, valores e desenvolvimento cultural das corporações. No livro “Liberando a alma corporativa” (1998), ele apresenta o conceito dos 7 níveis para liberar a consciência organizacional e liderança corporativa. São eles:

  1. Sobrevivência;
  2. Relacionamento;
  3. Autoestima;
  4. Transformação;
  5. Coesão Interna;
  6. Fazer a diferença;
  7. Serviço;

Os três primeiros estariam atrelados ao ego e ao medo. Os 4 últimos estariam relacionados ao sentimento de mudança e ação na sociedade.

Sobrevivência das empresas

Os três primeiros níveis estão relacionados ao medo e sobrevivência das empresas. Por exemplo, o nível 1 tem relação direta com o temor das empresas de não conseguir se manter saudável financeiramente. Isso é importante, segundo Paulo, mas em excesso é danoso.

Quando se passa no nível 2, a pessoa tem medo da reação das pessoas e quer agradar a todo mundo. Não quer ficar mal com ninguém, não quer que sua imagem seja diminuída. “No ambiente corporativo, você tem que ter clareza e confiança de falar aquilo que pensa”, lembrou Paulo. “Se não, você cria a síndrome da equipe apaixonada e nada eficiente”.

Por fim, no 3º nível está autoestima. Pelo medo de perder a importância na organização, o líder cria processos extremamente burocráticos para que todas as decisões passem por ele. “Existe um certo nível que é necessário para não perder a organização. Muitas startups estão muito desorganizadas e vão na tentativa/erro. Mas isso não funciona sempre”, explicou. “O líder que está nesse nível manda muito, tem medo, diminui os funcionários para parecer mais forte do que é”.

A verdadeira transformação

A partir do nível 4, existe a “libertação desse ego”. “Nessa forma acontece a verdadeira transformação com valores relacionados a crescimento pessoal, colaboração, inovação, trabalho em equipe e pensar diferente”, contou Paulo.

Quando avança um pouco, as empresas chegam no estágio do propósito. Nessa fase, as coisas devem ter significado e sentido. “As pessoas querem saber o porquê de tudo. Se não existe essa resposta, elas vão embora”. Assim, surgem lideranças informais (nível 6) e o líder geral (diretor ou presidente) não é 100% necessário para a organização se manter funcional. Ele serve como orientação, como um guia e não como o cara que manda em tudo.

Por fim, o nível 7 alcança um serviço que a empresa acaba prestando na sociedade pensando em como resolver os problemas de forma mais fácil. “O sucesso vem quando acontece em conjunto, em equipe e com foco em um propósito maior”, conclui Paulo. “Para isso, o líder precisa desenvolver autonomia e alinhamento”.

Sobre a Superlógica

A Superlógica desenvolve o software de gestão (ERP) líder do mercado brasileiro para empresas de serviço recorrente. Somos referência em economia da recorrência e atuamos em cinco segmentos de mercado: SaaS e Assinaturas, Condomínios, Imobiliárias, Educação e Empresas de Comunicação Visual.

A Superlógica também realiza o Superlógica Xperience, maior evento sobre a economia da recorrência da América Latina, e o Superlógica Next, evento itinerante falando sobre a transformação digital e os desafios do mercado de condomínios.



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