[Webinar] Inadimplência da taxa condominial: alternativas para diminuí-la

Por: Felipe Haguehara5 Minutos de leituraEm 18/06/2020Atualizado em 10/03/2022

Em meio a cenários incertos na economia, uma grande preocupação para administradoras de condomínios são os atrasos e ausência de pagamentos. Assim, ao mesmo tempo em que vê-se a necessidade de ter processos efetivos de cobrança, há uma necessidade contemporânea – e futuro – de encontrar alternativas para diminuir a inadimplência da taxa condominial.

Curiosamente, o mercado condominial não sofreu o mesmo impacto que alguns segmentos profundamente afetados pela pandemia de COVID-19. Entretanto, isso não deve afastá-los de uma preocupação real, que pode acontecer futuramente – e já acontece em alguns condomínios.

Para discorrer sobre esse cenários e hipóteses, e pensar em maneiras de mitigar o impacto da inadimplência nas empresas do setor, a Superlógica preparou um material exclusivo!

André Baldini, CEO da Superlógica, Roberto Miamoto, diretor de negócios do PJBank, Mayra Borges, superintendente de novos negócios da Getnet, e Eduardo Goni, superintendente de negócios da Elo Cartões, se reuniram no webinar “Inadimplência da taxa condominial: alternativas para diminuí-la”.

Além de falar sobre os desafios da impontualidade nos pagamentos, eles sobre a nova ferramenta do Superlógica Condomínios para atender essa demanda: o parcelamento da cota condominial no cartão de crédito.

Continue lendo este artigo para ver o resumo da conversa ou clique na imagem abaixo para assistir ao vídeo na íntegra!

 

Uma aceleração da digitalização forçada pela pandemia

Não há dúvidas de que vivemos um momento único. A pandemia de COVID-19 proporcionou uma virada na economia que, como lembra Roberto Miamoto, não se trata de uma crise monetária, mas sim de demandas. Visto que as ofertas estão limitadas com muitos comércios inativos (ou reabrindo aos poucos, como em alguns municípios).

Se por um lado, há uma nuvem de dúvidas no ar, há algo que é certeiro e irreversível, o aceleramento da transformação digital para todas as áreas. Mesmo aqueles segmentos que vinham numa agenda mais gradual de mudanças, precisou se adaptar às pressas para trabalhar de forma remota.

De acordo com Mayra Borges de Souza, “clientes da Getnet que estavam mudando para um modelo omnichannel, até então faziam a migração de uma loja a cada três meses. Agora, eles estão fazendo uma loja por semana”.

Ainda sobre a migração, mesmo de negócios pequenos – como as lojas de bairro -, Eduardo Goni complementa. “Podemos fazer uma separação nos momentos recentes do mercado, como pré-COVID e pós-COVID. Muitas coisas foram transformadas dada a necessidade de se manter ativo, principalmente com pequenos comerciantes. Nas próprias empresas de meios de pagamento vimos muitas ações do tipo ‘compre do local’ ou ‘compre do pequeno’”.

“A necessidade é mãe de todas as transformações. A demanda procura os caminhos mais fáceis dentro de um obstáculo imposto”, destaca Miamoto.

O curioso caso do mercado condominial

Mesmo assim, determinados setores sentiram uma forte queda, sobretudo aqueles que dependem do fluxo de pessoas e aglomerações.

De acordo com Borges, “aqui na Getnet nós temos um índice para medir o crescimento do varejo, por conta da nossa capilaridade, que é setorizado”. No geral, foi identificado 32% de queda, porém no segmentos de turismo (que inclui agências, companhias aéreas e hotéis) e o de entretenimento (como eventos e casas de shows) viram quedas da ordem de 80% a 90%.

Esses dados ainda são confirmados por Goni, que viu nas estatísticas da Elo Cartões, uma baixa de 90% a 92% no setor de turismo.

Porém, no mercado de condomínios viu-se um comportamento inesperado. Desde o ano passado a inadimplência condominial atingiu números historicamente baixos. Com a pandemia, o índice voltou a subir em março e abril, porém, em maio, ele abaixou novamente para um patamar semelhante ao anterior à pandemia.

Por que houve queda na inadimplência

Para entender essa queda inesperada da inadimplência da taxa condominial, três são citados como os principais: priorização, economia e criatividade.

Mesmo em tempos de crise o brasileiros tem noções claras de suas prioridades quando o assunto é quitação de dívidas. De acordo com o Serviço de Proteção ao Crédito, em 2018, o condomínio era o segundo segmento com menor taxa de atrasos.

Isso acontece por se tratar do impacto direto na moradia desses indivíduos. Ou seja, segundo o mesmo levantamento, eles preferem atrasar vencimentos de dívidas com o banco, como créditos e financiamentos.

Para Goni e Miamoto, em vista da instabilidade na economia, muitos também fizeram reservas de caixa, com receio do futuro e de perder o emprego. Com um pouco mais de segurança, eles retomaram despesas essenciais em maio. Além disso, “muitos deixaram de ter determinados gastos cotidianos com restaurantes e academias”.

Mayra Borges ainda destacou a criatividade e adaptabilidade do povo brasileiro. Muitas empresas, como mercados de bairro, que nunca operaram digitalmente, começaram a fazê-lo para sobreviver. 

“O pagamento via cartão não-presente (sem ir no estabelecimento) que crescia na ordem de 23% em 2019, já abriu junho de 2020 com 81% de crescimento. Esperamos que feche o ano com um crescimento na casa de três dígitos”, complementa.

O cartão de crédito como alternativa à inadimplência da taxa condominial

Dentre muitas ações diretas de cobrança que possibilitam o combate à inadimplência condominial, como uma régua de cobrança efetiva, existe uma diretamente ligada aos meios de pagamento.

O cartão de crédito é uma opção de impacto direto, principalmente para evitar os esquecimentos e trazer comodidade aos condôminos.

Os boletos, como lembra Roberto Miamoto, que exigem a ação do pagador de lembrar e executar a quitação do título no banco ou via internet banking. Já pelo cartão, o processo e as retentativas, via ERP, são automáticas.

O cartão de crédito tira a fricção da transação”, destaca Borges. E Eduardo Goni complementa, “É uma opção melhor pela praticidade e pelo controle financeiro”, já que o condômino concentra suas contas em uma única fatura, a do cartão.

Parcelamento da taxa condominial no cartão de crédito

Para finalizar, os quatro abordaram a nova funcionalidade do Superlógica Condomínios: o parcelamento da taxa condominial no cartão de crédito.

Miamoto revelou que o motivo desse lançamento é “a necessidade de criar algo empático com quem está devendo nesse momento, e estamos buscando como solução o parcelamento dessa dívida para que caiba no bolso do condômino”.

Ao mesmo tempo, essa solução vem para manter a fluidez do caixa do empreendimento. Afinal, mesmo que o condômino opte pela número máximo de parcelas, 12 vezes, o valor integral é depositado na conta do condomínio em D+2.

Assim, o condomínio obtém uma oportunidade de manter suas contas em dia, evita a necessidade de cobrar ostensivamente os devedores – o que pode gerar atritos – e embarca numa tendência geral em todos os mercados. Como Mayra destaca, mesmo o setor de entrega de bebidas, que era um tanto conservador, tem agora uma penetração de 40% no uso dos cartões de crédito.

Respondendo perguntas importantes

Para encerrar, os participantes responderam perguntas importantes sobre o uso do cartão para quitação da taxa condominial e sobre o parcelamento:

O condômino que fez o acordo do parcelamento deixa de ser inadimplente juridicamente?

Segundo Roberto Miamoto, “deixa de ser inadimplente sim, mas fica constando que ele tem esse acordo para quitar. Se ele pedir uma negativa junto às administradoras para venda de um imóvel, esse tipo de informação ainda vai constar, pois têm parcelas ainda sendo executadas.

Existe algum seguro contra inadimplência?

Miamoto lembra do seguro prestamista, um tipo garante a quitação de uma dívida no caso de sua morte, invalidez ou até mesmo desemprego involuntário ou perda de renda. Eduardo Goni ainda complementa que “dependendo do cartão que ele estiver usando, ele pode ter esse serviço oferecido pelo banco ou pelo emissor do cartão”.

A administradora vai precisar ter máquina de cartão de crédito?

Não precisa de maquininha de cartão, o pagamento é pelo meio digital.

A superintendente de negócios da Getnet explicou de maneira didática como funciona o processo de pagamento pelo cartão. “Quando o condômino quer fazer o pagamento no cartão, ele informa os dados do cartão no cadastro, o cartão é ‘tolkenizado’ – ou seja, criptografado e guardado num ambiente seguro – e todo mês o pessoal que administra o sistema de pagamento vai recuperar os dados do cartão, ‘destolkenizá-lo’ e mandar uma transação e-commerce na fatura da pessoa”.

Sobre a Superlógica

A Superlógica desenvolve o software de gestão líder do mercado brasileiro para empresas de serviço recorrente. Somos referência em economia da recorrência e atuamos nos mercados de SaaS e Assinaturas, Condomínios, Imobiliárias.

Superlogica Condominios

Leitura Recomendada