Eventos corporativos: quando apostar nessa estratégia?

Por: Heitor Facini4 Minutos de leituraEm 24/10/2019Atualizado em 27/11/2019

Você pode até não ter percebido, mas os eventos corporativos se proliferaram nos últimos anos. De acordo com a  Associação Brasileira das Agências de Viagens Corporativas (Abracorp), os valores relacionados vendas de passagens aéreas e rodoviárias, diárias de hotéis, locação de veículos e eventos de turismo corporativo chegaram a R$ 5,57 bilhões nos seis primeiros meses de 2019, em comparação aos R$ 4,85 bilhões apurados nos primeiros seis meses de 2018. 

Além disso, a Associação Brasileira de Empresas de Eventos (ABEOC) aponta para um crescimento de 14% ao ano do setor, com R$ 210 bilhões de gastos anuais nos mais variados tipos de eventos corporativos. “Eu acho maravilhoso o crescimento de eventos corporativos!”, opinou Denis Braguini, diretor de eventos na Resultados Digitais e responsável pelo RD Summit. “O mercado só tem a ganhar com isso”.

“Acho que evento pode ser para todo mundo, mas não para todo momento”, apontou Harley Corrêa, CEO da InsideOut, agência responsável pelo Journey. “Se você é uma autoridade e tem algum produto online para vender, pode ser uma boa para você se posicionar e isso tudo é imagem para você usar. Se você quer vender, vai dar mais trabalho”.

Os dois, junto da Giovanna Vallin, gerente de marketing do Superlógica Xperience, falaram na edição de 2019 do evento sobre o assunto no painel “Eventos como canal de branding, aquisição e retenção de clientes”. Você pode conferi-lo no vídeo abaixo ou durante todo o artigo.

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Como planejar um evento corporativo?

Uma das grandes perguntas na hora de pensar em realizar um evento corporativo é: eu devo fazer um ou não?

“Acho que evento é para todo mundo”, apostou Harley Costa. “Mas precisa ter planejamento olhando para o público alvo”. Segundo Denis, o RD Summit e o RD On The Road levam muito tempo para serem planejados e, apesar de estar na moda, não se deve colocar alguma coisa na rua simplesmente por colocar. 

“Muita gente viu que eventos estão bombando e decidiu criar o seu próprio evento”, lembrou Denis. “Aqui está o primeiro erro. É necessário ter um objetivo bem definido para ele”. 

Ele explicou como funciona o princípio do projeto. “Sempre colocamos no papel qual o problema, recurso necessário e um plano para executar aquilo. Em primeiro lugar, vem o planejamento detalhado e depois o kickoff”. 

Giovanna ainda destacou que também depende da complexidade daquilo. “Quando é algo pequeno, como os meetups do Superlógica Labs, a gente começava a planejar com 20 dias de antecedência. Mas para voos maiores como o Superlógica Xperience, RD Summit e o Journey, ai tem que pensar com mais calma”. 

Quais os principais resultados que o evento traz?

Os resultados para a empresa de organizar eventos corporativos podem variar dependendo da estratégia pré-definida para isso. Um exemplo é o caso da Resultados Digitais, são em múltiplas frentes. “Por exemplo, eu tenho impacto direto nas métricas de relacionamento com o cliente, retenção, churn, vendas direta no evento e atração de talentos via RH”, lembrou Denis. “Atuamos em todas essas frentes do mercado”. 

No caso da Inside Out, o principal foco é trabalhar na autoridade da agência perante ao mercado. “Queríamos mostrar que éramos uma agência forte no mercado, gerando muitos negócios”, lembrou Harley. “Alguns negócios demoravam mais de 7 meses para fechar, mas, mesmo assim, acaba valendo bastante a pena”. 



Os resultados não são só para você, mas para o mercado

Giovanna ainda destacou um papel importante perante a comunidade que você está inserido. “A gente também educa o mercado, né?”, lembrou. “Assim, ele inteiro cresce como um todo e melhora a oportunidade de todo mundo fazer negócios com palestras que acrescentam, mesas redondas e grandes painéis”. 

“Outro resultado importante que a gente mede é o tanto que os parceiros aproveitam no evento”, destacou Harley. “O evento, depois de um tempo, ficou mais voltado para o mercado que para a própria agência”. 

Entretanto, o principal resultado é difícil de ser mensurado

Em qualquer evento corporativo, o principal objetivo é bem claro: branding. “Entretanto, isso a gente não consegue mensurar”, lembrou Denis. “O branding vai impactar no resultado de vendas, no resultado de relacionamento, vai impactar na atração de talentos. Com uma imagem melhor da empresa, vamos conseguir melhorar em todas as áreas”. 

“Com um evento bem feito, com um branding bem feito, a venda vai acontecer”, lembrou Harley. “O resultado vem, vai dar retorno e valer a pena”. 

Evento tem que se pagar?

Novamente, depende da estratégia do evento. 

“Na Resultados Digitais, eu não preciso lucrar com o evento”, explicou Denis. “Tudo que entra de receita na empresa eu posso reinvestir na produção. Na verdade, se for colocar tudo na ponta do papel, todos os recursos que utilizo da empresa, o evento é deficitário. Mas todo o retorno que ele traz mostra que ele é muito lucrativo”. 

O dia do evento é um grande funil de vendas

Outra coisa que eles ressaltaram é que eventos corporativos se comportam como um grande funil de vendas ao vivo, onde você precisa focar sempre na experiência dos seus clientes. 

“É um momento que vai ser lembrado, a empresa que organiza podê fazê-lo virar uma grande memória afetiva do cliente”, lembrou Denis. As coisas devem estar bem alinhadas, desde o mestre de cerimônias, passando pelo espaço do evento, chegando na feira de negócios, palestras e painéis. 

A precificação de um evento precisa mostrar valor

Pode parecer estranho, a princípio, mas as empresas que promovem eventos corporativos terão uma satisfação muito maior dos seus clientes se você cobra-los de forma adequada. “Eu fiz uma pesquisa no Rio de Janeiro e somente 25% das pessoas que se inscrevem em um evento gratuito acabam comparecendo nele de fato”, destacou Harley. 

“Por isso, você precisa fazer uma precificação de maneira correta para que a sua estratégia dê certo”, lembrou Dênis. “Não adianta nada ter gente de graça, quase lotar se nas próximas edições ninguém voltar. É melhor ter 100 pessoas pagantes que vão aproveitar e valorizar a experiência que 500 de graça que vão falar mal da sua marca depois”. 

6 dicas na hora de realizar eventos corporativos

Por fim, os três participantes resumiram algumas dicas para realizar o evento:

  1. “Organize um evento que faça sentido para a empresa, não apenas por que o concorrente faz” – Denis;
  2. “Contrate um especialista” – Giovanna;
  3. “Testar o discurso da empresa é importante!” – Harley;
  4. “A empresa toda precisa se envolver. É um trabalho de endomarketing” – Dênis;
  5. “Esteja preparado para atender a demanda que o evento irá gerar depois” – Harley;
  6. “Comece pequeno e depois cresça o tamanho do evento” – Giovanna.

Sobre a Superlógica

A Superlógica desenvolve o software de gestão líder do mercado brasileiro para empresas de serviço recorrente. Somos referência em economia da recorrência e atuamos nos mercados de SaaS e Assinaturas, Condomínios, Imobiliárias e Educação.

A Superlógica também realiza o Superlógica Xperience, maior evento sobre a economia da recorrência da América Latina, e o Superlógica Next, evento que apresenta tendências e inovações do mercado condominial.

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