Planejamento estratégico: por que as administradoras de condomínios precisam de um?

Por: Grupo Superlógica4 Minutos de leituraEm 29/10/2021Atualizado em 19/10/2021

Planejamento estratégico é um daqueles conceitos da administração de empresas que, de tanto que já foi falado, corre sempre o risco de passar despercebido. Mas, não se engane: ele nunca deixou de ser um elemento-chave para o sucesso de organizações de todos os portes e segmentos, incluindo as administradoras de condomínios.

Neste artigo, vamos explicar o que é planejamento estratégico, por que ele é essencial para administradoras (mesmo as pequenas) e como montar um.

Boa leitura!



 

O que é planejamento estratégico?

Planejamento estratégico é um processo em que as lideranças de uma empresa tomam uma série de decisões relacionadas ao futuro da organização e seu posicionamento no mercado — o que inclui definir objetivos, traçar metas e criar planos de ação.

Esse planejamento não é feito com base na intuição. Leva-se em consideração o perfil e os interesses dos stakeholders, o cenário atual, as perspectivas do mercado e o propósito da empresa (o que a move, como ela quer se posicionar e como ela deseja ser vista pelo público).

Por que administradoras de condomínios precisam fazer um planejamento estratégico?

Talvez a pergunta certa seria “por que não fazer um planejamento estratégico?”. “Toda e qualquer empresa precisa de planejamento estratégico, porque isso vai dar direção, foco e ajuda a identificar o que é importante ser feito. Sem isso, é muito fácil se desviar e não cumprir seu real objetivo”, opina André Baldini, CEO da Superlógica.

No caso das administradoras de condomínios, Baldini argumenta que o planejamento estratégico ajuda a aumentar o índice de eficiência (IE), que é a relação entre o número de condomínios administrados e o número de funcionários. Um IE alto significa que os processos estão rodando de forma produtiva.

Não se atentar ao IE pode representar um perigo à administradora, sobretudo em meio a um mercado condominial em constante transformação. Com concorrentes aumentando seu portfólio de produtos e usando soluções tecnológicas para qualificar o serviço que prestam aos condomínios, eficiência é uma das chaves do sucesso.

Além disso, as características dos empreendimentos imobiliários,as exigências e preferências do público também se transformam. Sem contar que há sempre o risco de surgirem fatores externos imprevisíveis, como a pandemia de COVID-19, que aumentou a procura por soluções de assembleia virtual nos condomínios.

Mas, se o mercado condominial não para de se transformar, do que adianta planejar a estratégia do futuro, correndo o risco de que as decisões tomadas hoje se tornem obsoletas amanhã?

Na realidade, um bom planejamento estratégico (a seguir, apresentamos algumas dicas para fazê-lo) não tem data de validade, pois se baseia em pilares sólidos como o propósito da marca e objetivos que têm pouca relação com eventos factuais e momentâneos.

O ideal é que a estratégia da administradora leve em conta os aspectos que mencionamos aqui e tenha como um dos objetivos construir uma organização resiliente e com grande capacidade de se adaptar às (cada vez mais) constantes transformações do mercado.

Como fazer um planejamento estratégico

O planejamento estratégico não é uma metodologia fechada e engessada, ou seja, não precisa seguir a mesma estrutura ou ordem em todas as empresas.

Você pode adaptar o processo de definição da estratégia de acordo com as particularidades do seu negócio. Então, encare as etapas do planejamento estratégico que listamos a seguir como sugestões, não como mandamentos.

1. Conhece a ti mesmo

O velho aforismo grego traz uma recomendação muito valiosa para o mundo dos negócios.

Revisite — e reveja, se for o caso — missão, visão e valores da empresa e use ferramentas de autodiagnóstico. A análise SWOT, por exemplo, serve para mapear as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças da organização (e pode ser aplicada às leituras segmentadas de serviços específicos).

2. Conheça o mercado

Não é possível fazer um bom planejamento estratégico sem usar a inteligência de mercado.

Isso envolve a coleta de dados sobre concorrentes, público consumidor, macroeconomia e quaisquer outros fatores. Uma dica é ficar sempre atento às autoridades do mercado condominial, que eventualmente divulgam dados relevantes que podem ser adicionados na sua estratégia.

3. Trace objetivos

Aqui, vamos tratar objetivos e metas como coisas diferentes, ok?

Os objetivos são mais conceituais, uma definição de qual o posicionamento que a empresa quer ter no mercado e quais resultados pretende obter. Já as metas veremos adiante.

4. Justifique o objetivo

É importante estressar o máximo possível o objetivo. Certifique-se de que ele foi definido com base nos critérios certos e esteja alinhado com o propósito, missão, visão e valores da empresa.

Um erro comum é ter como objetivo apenas imitar ou superar os concorrentes. É preciso ter uma aspiração própria e independente, adequada à sua realidade e da região em que atua.

5. Trace metas

A diferença, em relação aos objetivos, é que as metas são palpáveis e mensuráveis. Aqui, é importante usar o método SMART, segundo o qual toda meta precisa ser:

  • Specific (específica)
  • Measurable (mensurável)
  • Attainable (atingível)
  • Relevant (relevante)
  • Time based (temporal)

6. Faça um plano de ação

Com os objetivos e metas em mãos, chegou a hora de planejar quais ações serão necessárias para alcançá-los.

Nessa etapa do planejamento estratégico, é interessante horizontalizar as reflexões e decisões. Permita que colaboradores de todos os níveis hierárquicos ajudem a mapear o que é preciso fazer para chegar nos resultados planejados.

7. Acompanhe

Por fim, entenda que o planejamento estratégico nunca está concluído.

Como as circunstâncias mudam, a estratégia, objetivos e metas do negócio também podem se transformar, e não há nada de errado nisso. Então, nunca pare de monitorar os resultados, olhar para dentro da própria empresa e estudar o mercado.

Planejamento estratégico é para todas as empresas!

Para finalizar, vale a pena reforçar o fato de que o planejamento estratégico é importante para empresas de todos os portes.

Afinal, uma empresa pequena geralmente tem a aspiração de crescer — e, para isso, precisa olhar para si, para o mercado e para o futuro. E, se ela estiver satisfeita com o tamanho atual, mesmo assim, precisa de um planejamento estratégico para manter seu status e correr menos riscos frente às constantes transformações do mercado.

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Sobre a Superlógica

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