O futuro da segurança condominial

Por: Alexandre Rodrigues4 Minutos de leituraEm 27/09/2022Atualizado em 06/02/2023

Segurança é uma pauta sempre em destaque nos fóruns do mercado condominial. Onde quer que o tema apareça – em assembleia, evento ou noticiário –, tenho certeza de que você, principalmente se for morador ou profissional de condomínio, presta atenção para ver o que está sendo dito sobre o futuro da segurança condominial.

E isso tem um bom motivo. A moradia não é um simples bem que obtemos ao assinar um contrato. Essa conquista é um sonho, um objetivo de vida. Qualquer coisa que ameace a posse, a estrutura e a segurança da sua residência é sentida como uma ofensa direta a um objetivo de vida. E isso vale mesmo para os nômades digitais, que buscam criteriosamente por um lugar protegido para momentaneamente estabelecer suas bases.

O interesse por segurança acompanha de perto o desenvolvimento dos comportamentos na nossa sociedade. E é por isso que o meu trabalho com o Papo de Segurança, depois de mais de uma década atuando nesse mercado, se tornou educar e atualizar os profissionais do ramo, assim como seus potenciais clientes, sobre as novas práticas e tecnologias disponíveis.

E eu vou ser bem direto em relação à realidade do mercado atual e dos próximos anos: foi-se o tempo em que alarmes e portarias humanas desprovidas de tecnologia eram o melhor parâmetro de segurança

Leia também: Veja os tipos de controle de acesso mais utilizados nas portarias

O cenário da segurança condominial

A ação de malfeitores nos condomínios não tem perspectiva de ser reduzida tão cedo. Segundo dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) fornecidos ao Sindicond (Sindicato dos Condomínios de SP), o número de furtos e roubos nos condomínios paulistas aumentou em 11,09% no primeiro semestre de 2022 em relação ao mesmo período do ano passado.

Quer saber algo ainda mais preocupante? Especialistas em segurança condominial estimam que a falha no controle de acesso é responsável por 70% das invasões, já que 90% delas ocorrem pela porta da frente, segundo a cartilha da Polícia Militar do Estado de São Paulo distribuída pelo Secovi.

Criminosos estão cada vez mais criativos e atentos, tentando explorar aberturas por meio da desatenção ou ingenuidade de moradores e funcionários. Por isso, o monitoramento constante e a adoção de novas tecnologias capazes de proteger os moradores e identificar, ou até antecipar situações perigosas, são fundamentais para síndicos e administradoras que visam prestar o melhor serviço possível.

Diante disso, o reconhecimento facial cresceu no mercado de segurança com inúmeras possibilidades e baixo custo, trazendo também integração com o controle de acesso do condomínio.

Não podemos mais depender somente de câmeras convencionais, tags, alarmes silenciosos e porteiros preenchendo informações manualmente – tudo funcionando isoladamente. A falta de eficiência e agilidade na verificação de todos esses recursos tem efeito direto na preservação dos imóveis e seus moradores – além de um custo acumulado maior a ser rateado no condomínio.

Integração de tecnologias é a grande tendência da segurança condominial

Antes de entrar de vez nas tendências da segurança condominial, é preciso lembrar de uma evolução tecnológica que está ajudando a viabilizar toda a transformação do setor. Falo da tecnologia das câmeras atuais, que se desenvolveu a ponto de permitir a identificação de uma série de informações valiosas, incluindo detalhes que nem uma vítima de assalto saberia informar (sobretudo pela experiência traumática). O equipamento não apenas registra, grava e monitora, como tem inteligência artificial para dizer se a pessoa entrou em área restrita, identifica formas (se é um carro, objeto, animal, pessoa), e por aí vai.

E se essas informações estiverem integradas por meio de um ecossistema composto por equipamentos, softwares, aplicativos e boas práticas, garanto que o seu condomínio estará muito mais seguro. 

Vou dar um exemplo causal aqui entre as tecnologias: a câmera estará integrada ao software, que conversa com o sistema de controle de acesso, que opera por meio de reconhecimento facial, que se conecta com a catraca ou portão. Se o morador, visitante ou prestador de serviço estiver cadastrado, ele acessará instantaneamente o interior do condomínio por meio de uma chave inviolável, que é o seu rosto. Ou seja, a perda de uma tag ou um cartão de entrada não é mais um risco gigantesco para todos.

Essa tecnologia de reconhecimento facial, aliás, tem ganhado muito espaço desde a pandemia de Covid-19. O mais interessante é que, mesmo em meio a uma situação de grande necessidade e alta demanda, esse recurso cresceu no mercado com inúmeras possibilidades e baixo custo. Ao mesmo tempo, introduziu uma integração inédita com o controle de acesso do condomínio, formando um sistema completo e gerenciado por softwares. Do lado do morador, que está lá passando pela experiência, a facilidade está toda na palma da mão, por meio de aplicativos que cadastram, configuram e registram os acessos.

Leia também: Controle de acesso para condomínio: como funciona na prática?

Como encontrar parceiros confiáveis no mercado de segurança

Seja para a aquisição da tecnologia ou contratação da prestadora de serviços de segurança para o condomínio, recomendo sempre que síndicos e administradoras se atentem a dois parâmetros: certificações e resultados. Essas são as duas maiores provas sociais que um negócio ou profissional pode ter, independentemente do tipo de serviço prestado.

Então, quando estiver em busca de orçamentos e soluções para levar às assembleias, faça estas duas perguntas:

  1. Quais são as suas certificações?
  2. Poderia me passar os contatos de alguns clientes que usam a sua solução/serviço?

A primeira resposta é facilmente auditável, basta verificar a existência dos certificados mencionados e até entrar em contato com a entidade emissora. Com a segunda, você poderá entender se alguém que atua no mesmo mercado que você – e que tem as mesmas dores e preocupações –, está tendo uma experiência positiva com o serviço ou tecnologia do fornecedor.

Finalmente, fica aqui um convite para você acompanhar os canais e as redes sociais do Papo Segurança, como forma de se atualizar e agregar conhecimentos sobre segurança eletrônica: YouTube, Instagram, Facebook e Tik Tok

Como última recomendação, confira abaixo a live que fiz com André Baldini e Francisco Léo para entender de vez os benefícios do controle de acesso:

Por Alexandre Rodrigues, influenciador e criador do canal Papo Segurança.

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