Seis coisas que o empreendedor SaaS precisa saber para ter sucesso em 2021

Por: André Magalhães4 Minutos de leituraEm 12/02/2021Atualizado em 09/05/2022

Após um ano de muitas dificuldades, causadas por uma inesperada pandemia – que, além de causar mais de dois milhões de mortes, também fez estragos na economia global – 2021 começou com a esperança de dias melhores.

A chegada de diferentes vacinas contra o Coronavírus, e o início da vacinação em todo o mundo tende a frear a expansão do vírus e, como consequência, criar o otimismo necessário para a recuperação econômica.

Ainda que tudo isso funcione como previsto, 2021 deve continuar sendo um ano complexo e desafiador para quem é empreendedor ou gestor de um negócio de assinaturas ou Software como Serviço (SaaS). Aspectos como a instabilidade do Dólar, a Lei Geral de Proteção de Dados e outros fatores devem ter impacto, de uma forma ou de outra, nos negócios.

Neste post, a Superlógica elenca seis aspectos aos quais o empreendedor e gestor deve estar atento para ter sucesso em 2021. Confira:



 

Multas da LGPD entram em vigor

A tão discutida Lei Geral de Proteção de Dados, sancionada pelo governo em 2018, entrou em vigor em setembro de 2020, com nove meses de atraso em relação ao plano original. No entanto, as pesadas multas que foram estipuladas na nova legislação passam a valer apenas a partir de agosto de 2021.

Para quem não se recorda, a LGPD estipula regras e penalidades para as pessoas jurídicas e físicas que coletam e fazem o tratamento de dados pessoais. Em linhas gerais, a lei define critérios de segurança para a coleta, armazenamento e uso dos dados; estabelece condutas que devem ser tomadas no caso de vazamentos e define sérias penalidades.

As empresas que não se adequarem às normas e tiverem algum tipo de vazamento de dados, estará sujeita a severas penalidades, que vão desde uma simples advertência a multa de 2% da receita total do ano anterior, com limite de R$ 50 milhões.

Ainda que esta nova fase da lei já esteja “batendo à porta”, pesquisa recente feita pela empresa de segurança da informação BluePex mostrou que apenas 2% das pequenas e médias empresas brasileiras estão efetivamente preparadas para a LGPD.

Portanto, como diz aquele velho ditado, “prevenir é melhor do que remediar”. Caso sua empresa ainda não esteja conforme com a nova lei, o momento para fazer isso é já.

Vacinas podem estimular a economia

A chegada das vacinas que geram imunidade em relação à COVID-19 deve não apenas trazer segurança e mais saúde para a população, mas também uma melhora na economia. Ao menos é o que esperam os analistas.

Segundo as novas projeções do Fundo Monetário Mundial, o Produto Interno Bruto global deve crescer 5,5% neste ano, mais do que os 5,2% previstos em outubro de 2020. Segundo a mesma instituição, o Brasil deve ter um crescimento de 3,6%, superando também as projeções anteriores, que apontavam 2,8%.

Para as empresas que atuam no mercado de SaaS e assinaturas, o crescimento econômico naturalmente deve trazer um aquecimento dos negócios. Estar preparado para atender a um eventual aumento de demanda, especialmente no segundo semestre, pode fazer a diferença nos resultados do ano como um todo.

Fim do auxílio emergencial trará impactos

Se por um lado a vacinação irá certamente favorecer a economia brasileira, o fim do auxílio emergencial, criado pelo governo para auxiliar as famílias durante o ano de 2020, deverá atingir, imediatamente, alguns tipos de negócios de SaaS e assinaturas –  em especial aqueles que oferecem serviços voltados à população de baixa renda.

Cabe às empresas que atuam neste segmento estarem atentas e se planejarem para este impacto, levando em consideração uma possível queda de faturamento no primeiro trimestre. A tendência é que, com a movimentação da economia e a recuperação dos empregos, este momento possa ser superado ao longo de 2021.

Instabilidade no câmbio deve continuar

No último ano, a pandemia e a instabilidade política e econômica do Brasil fez com que o câmbio do Dólar alcançasse um patamar impensável no primeiro semestre, chegando próximo aos R$ 6.

Esse aumento impactou muito as empresas que têm contratos com fornecedores em Dólar, e que viram seus custos aumentar muito e subitamente.

Para 2021, o futuro do câmbio é ainda é uma incógnita. O Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, aponta que a moeda americana deve terminar o este ano ao redor de R$ 5. Já o banco Santander afirma que a moeda pode apresentar forte recuo, a R$ 4,60, mas também alcançar os R$ 6,70, dependendo do aquecimento econômico e da capacidade do governo brasileiro de fazer as reformas previstas.

De qualquer forma, quem atua no mercado de assinaturas deve estar preparado para mais um ano de instabilidade na moeda.

Diferença entre IGP-M e IPCA dificultará reajustes

Durante 2020, a alta do Dólar levou a uma situação incomum no que diz respeito aos dois índices de inflação mais utilizados no país. Enquanto o IPCA, que mede os preços ao consumidor registrou um aumento de 3%, o IGP-M, que leva também em consideração os custos da cadeia produtiva e foi muito impactado pelo câmbio, fechou em 23%. A critério de comparação, em dezembro de 2019, o IGP-M acumulava alta de 7,30% em 12 meses.

Toda essa diferença pode levar a uma certa confusão na renovação e reajuste de contratos de empresas de SaaS e Assinaturas. Embora alguns destes acordos sejam reajustados pelo IGP-M, é muito provável que a empresa tenha problemas para repassar este índice – muito alto para os padrões normais – ao cliente. E qualquer tipo de imposição por parte do fornecedor pode resultar em cancelamento de contrato, o que não é bom para nenhuma das partes.

Portanto, uma recomendação para as empresas que estejam em momento de renovação de contrato é buscar um meio termo entre os índices, mesmo que “no papel” esteja previsto reajuste pelo IGP-M.

Pix evoluirá e ganhará espaço

Criado pelo Banco Central em 2020, o Pix, plataforma de pagamentos instantâneos, vem sendo um grande sucesso. Em especial pela facilidade na realização de transações, pela agilidade (o valor transferido cai na conta de quem recebe um pagamento em segundos) e também pela eliminação dos custos para transações interbancárias, substituindo os DOCs e TEDs. Ainda assim, uma grande massa da população e de pessoas jurídicas não se cadastraram no serviço até este início de ano.

Em 2020, o Pix deve ter um aumento em sua adesão e continuar evoluindo e oferecendo novos serviços. Um deles é a possibilidade de se fazer cobranças por meio de QR codes para pagamentos futuros. Para as empresas que já fizeram seu cadastro no Pix, esta será uma nova possibilidade de se cobrar por produtos e serviços.

A ferramenta também pode ser muito útil para o pagamento de salários e de fornecedores, pela agilidade que oferece e também a ausência, ao menos por enquanto, de tarifas neste tipo de transação.

 

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