FEBRABAN adia para 2018 validação de boletos registrados abaixo de R$ 2 mil
A Federação Brasileira dos Bancos, FEBRABAN, adiou o início da validação de boletos registrados com valores abaixo de R$ 2 mil reais para 2018. Essa etapa estava prevista para acontecer neste mês outubro de 2017. Essa será a terceira fase de implantação da Nova Plataforma de Cobrança, que tem o intuito de aumentar a segurança e a comodidade nessa modalidade de pagamento.
Saiba tudo sobre o fim do boleto sem registro e as novas regras.
A primeira etapa aconteceu em julho, quando todos os boletos iguais ou acima de R$ 50 mil passaram a ser validados. A seguinte começou em setembro de 2017 validando boletos iguais ou acima de R$ 2 mil reais. Essas duas juntas atingiram 3,7% dos boletos emitidos no Brasil.
De acordo com o comunicado oficial da Federação, o principal motivo que levou ao adiamento do processo foi o elevado volume de documentos que irão trafegar pelo novo sistema. A estimativa é que sejam validados cerca de 4 bilhões de boletos ao ano na plataforma.
Anteriormente, estava previsto que o sistema iria validar inicialmente os boletos abaixo de R$ 2 mil e acima de R$ 500, depois abaixo de R$ 500 e acima de R$ 200 e por fim abaixo de R$ 200. Ainda não se sabe ao certo se essas etapas estão mantidas. A assessoria de imprensa da FEBRABAN também não informa qual a nova data de início da validação dos boletos abaixo de R$ 2 mil, mas diz que um novo cronograma será divulgado em breve.
Por que o boleto sem registro morreu?
O motivo principal para o fim do boleto sem registro alegado por Walter Tadeu de Faria, diretor-adjunto de Negócios e Operações da FEBRABAN, é a atualização de um sistema que não mudava há mais de 20 anos. “A cobrança bancária da forma como a conhecemos hoje existe desde a década de 1990, quando foi colocado o código de barras e passou a ser interbancária. De lá pra cá, não houve nenhuma atualização tecnológica”, declarou em entrevista para o blog do Superlógica sobre o projeto da nova plataforma de cobrança da FEBRABAN.
Além disso, o objetivo é trazer mais segurança para consumidores e empresas. Existe uma fraude que consiste em capturar boletos originais, alterar o código de barra e, assim, redirecionar o valor para outra conta. Assim o cliente paga e a empresa não recebe o valor. A FEBRABAN estima que, em 2014, foram perdidos R$ 159 milhões em fraudes; em 2015, R$ 374 milhões e em 2016 o valor chegou a R$ 383 milhões.
Quais os impactos do fim do boleto sem registro?
Para os consumidores, um dos principais impactos será a possibilidade de poder pagar boletos vencidos em qualquer banco. Além disso, não será necessário imprimir segundas vias, afinal mudanças como a adição de juros serão feitas automaticamente pela plataforma.
O impacto maior para as empresas está nos custos que irão aumentar. Será necessário fazer convênios com o maior número de instituições bancárias a fim de oferecer o maior leque de opções para os consumidores. Além disso, os bancos poderão cobrar taxas relacionadas a registro, liquidação, permanência, protesto, baixa manual e pedido de alteração de dados. Essas taxas adicionais podem ser evitadas adotando sistemas de gestão, como o Superlógica, que cobra o cliente apenas na liquidação do boleto.
A modalidade registrada exige que você envie uma remessa aos bancos. É um arquivo que contém todas as informações dos boletos a serem registrados. Essa operação pode ser automatizada por novas contas digitais que surgiram no mercado, como o PJBank, em que não há mais necessidade de manusear arquivos e enviar ao banco.