A transformação das administradoras de condomínios em agências bancárias
A transformação digital já deixou uma marca permanente na relação entre pessoas e bancos. Opções 100% digitais, garantidoras de crédito, instituições de pagamento e vários outros serviços online fazem parte da rotina das pessoas. Essa realidade não está aí apenas para pessoas físicas, administradoras de condomínio já estão de olho em como será o banco do futuro.
Porém, diferentes daqueles via aplicativo, os bancos para empresas estarão em outro lugar: no ERP. Já que todas as operações e saúde financeira do negócio estão sendo monitoradas pelo sistema de gestão, nada mais prático que os serviços bancários serem também executados por lá.
“Se continuar com plataformas separadas, internet banking e ERP, você continuará tendo o mesmo problema no seu setor financeiro. Ou seja, não precisará conciliar informações, vai estar tudo lá já!”, explica Samira Massouh, gerente de operações & relacionamento do PJBank.
Durante sua palestra no Superlógica Xperience 2019, na trilha de condomínios, Samira contou qual “o novo papel da agência bancária e o que sua administradora tem a ver com isso”. Confira a palestra abaixo o vídeo da palestra ou leia o restante do artigo para obter um resumo.
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A transformação digital já começou
O impacto da transformação digital na relação da sociedade com o consumo é notável. Soluções para facilitar a vida desses indivíduos surgem todos os dias, como aplicativos, marketplaces, apps de mobilidade urbana e vários outros tipos de serviços.
A criação de novas de ferramentas não se resume ao mercado B2C, a disrupção já está agindo nas empresas.
“Nossa proposta é trazer recursos para que administradoras convencionais possam escolher entre duas opções. Virar uma administradora digital, com o sistema e serviços oferecidos, ou numa agência do PJBank”, explica Samira Massouh sobre o papel do Grupo Superlógica nas mudanças no mercado condominial.
De acordo com a palestrante, a ideia é multiplicar as oportunidades para essas empresas se rentabilizarem. Para fazer isso, parte-se de uma equação muito simples:
Através da união dos valores gerados pela Superlógica (novas tecnologias + escala na quantidade de condomínios + análise de dados) e a expertise das administradoras (experiência prática + relacionamento + atendimento) é possível encontrar soluções viáveis para problemas antigos. “Vamos construir soluções e trazer muito mais oportunidades que façam sentido para o nosso mercado”, confirma Massouh
Como será a agência bancária do futuro?
Antes de entrar nesse mérito, a palestrante destaca que é importante como será o banco do futuro. Em 1994, o bilionário Bill Gates fez uma famosa afirmação: “serviços bancários são necessários, os bancos não”.
Com isso, ele disse que nós precisamos ser capazes de fazer operações financeiras, mas não necessariamente enfrentar toda a burocracia dos bancos tradicionais A previsão do fundador da Microsoft é, hoje, uma realidade palpável.
A própria legislação brasileira abriu margem para a competição num mercado que era dominado por cinco grandes bancos. Com a aprovação da Lei 12.865/13, que regula instituições de pagamento, novos players surgiram.
“As instituições de pagamento podem oferecer todos os serviços de um banco, menos gerar crédito. O dinheiro do correntista não pode ser usado como se fosse da própria instituição, ele fica fica aplicado numa conta especial no Banco Central do Brasil ou em títulos públicos”, explica Samira.
Com esse cenário propício o mapa de fintechs brasileiras cresceu substancialmente. Em um de seus primeiros mapas, em agosto de 2015, o Fintechlab listou pouco mais de 50 empresas no segmento. Em junho de 2019, foram localizadas mais de 600 iniciativas ligadas a esse mercado.
Para entender melhor esse cenário, é necessário observar de duas maneiras: Pessoas físicas e pessoas jurídicas.
Para pessoa física
O banco do futuro para pessoas físicas, segundo Samira, tem a abertura de conta simplificada via aplicativo e sem gerente. Também, todas as transações serão feitas online. “Isso faz sentido para esse público, pois nós estamos o tempo todo com o celular na mão. Então, faz sentido você ter acesso à sua vida financeira quando quiser”.
E esse é um modelo já consolidado. De acordo com o relatório de tecnologia bancária da Federação Brasileira de Bancos, em 2018 os dispositivos móveis já eram responsáveis por 40% do total de transações no Brasil.
Para empresas
Diferente do exemplo acima, o banco do futuro para pessoas jurídicas não estará num aplicativo. “Ele pode ter o app como acessório para facilitar operações, mas a conta da sua empresa estará dentro do sistema de gestão”, afirma a gerente de operações & relacionamento do PJBank.
As características do banco do futuro para empresas
Os bancos do futuro para empresas terão características particulares. Da mesma maneira que alguns serviços para pessoas físicas são focados em nichos, a oferta para empresas será segmentada e especializada.
“Antes, por décadas, tínhamos cinco grandes bancos consolidando todas as operações financeiras do país”. Ou seja, eles faziam tudo para todos, sem conseguir se especializar em um tipo de cliente ou setor.
Assim, os bancos passarão a oferecer serviços e produtos que gerem valor para um cenário específico. Por exemplo, “oferecer crédito para estudantes, split de pagamentos para imobiliárias e conta digital para condomínios”.
As agências bancárias são outro elemento que será drasticamente transformado. Essas unidades não servirão mais para resolver problemas operacionais, mas, sim, para captar novos negócios.
O espaço físico, nesse caso, perde relevância, enquanto a figura do próprio agente vira mais estratégica ainda. Será ele que fará mais uma ponta de relacionamento com o cliente e conseguirá captar novos negócios.
Administradoras de condomínios como agências bancárias
Dentro dessa proposta, entram as administradoras de condomínios. “Quando pensamos nas administradoras, fez muito sentido (vê-las como agências), pois vocês já estão por todo Brasil. Isso daria alta capilaridade para distribuir nossos serviços”, conta Samira.
As empresas deste segmento também têm um relacionamento estável e tração inicial com clientes. Se o fosse feito com agências “criadas do zero”, ainda seria necessário desenvolver esses valores.
“Uma administradora que vira agência do PJBank, já começa a ter lucro desde o primeiro mês. Isso faz tanto sentido que já existem quase 600 no Brasil, sendo cerca de 70% delas administradoras de condomínios”, informa a palestrante.
A gama de oportunidades para gestores do mercado condominial escalarem sua receita com a oferta de serviços bancários é evidente. Somente em 2018, os 4 maiores bancos brasileiros lucraram 73 bilhões de reais.
É através de cross sell e upsell dos seus serviços com estes produtos financeiros que a administradora passa a ter capacidade de penetrar mais ainda na mina de ouro que é o mercado condominial.
A ideia, novamente, é multiplicar as oportunidades. Além dos condomínios, é possível encontrar novas fontes de receita entre fornecedores, condôminos e família dos condôminos.
Samira Massouh encerra lembrando que essa é apenas a tração inicial para a administradora. “Você não está limitado a apenas isso, você vai conseguir atender muito mais gente”.
Sobre a Superlógica
A Superlógica desenvolve o software de gestão líder do mercado brasileiro para empresas de serviço recorrente. Somos referência em economia da recorrência e atuamos nos mercados de SaaS e Assinaturas, Condomínios, Imobiliárias e Educação.
A Superlógica também realiza o Superlógica Xperience, maior evento sobre a economia da recorrência da América Latina, e o Superlógica Next, evento que apresenta tendências e inovações do mercado condominial.