5 formas de fortalecer seu branding com conteúdo

Por: Heloísa Santos6 Minutos de leituraEm 04/11/2019Atualizado em 03/06/2020

Como se constrói a reputação de marca? Segundo a pesquisa da Edelman “In Brands We Trust?: Trust Barometer Special Report”, de 2019, dos oito países analisados, o Brasil é o que mais valoriza a confiança de marca no momento de decisão de compra. Por isso, fortalecer o seu branding com conteúdo pode ser uma excelente alternativa.

Além disso, a jornada do cliente mudou drasticamente. Antes de comprar as pessoas pesquisam e perguntam sobre a experiência de outras pessoas com o produto e o histórico da empresa. 

Em outras palavras, não basta só um produto de qualidade para conquistar a confiança, é preciso também ter e demonstrar responsabilidade social e com os clientes. E como mostrar para o mundo que a sua marca é confiável?

Existem diversas formas de se fortalecer o branding, uma delas, é pela autoridade. É o que Felipe Pestana, sócio-diretor da DINO, explica na palestra “Da John Deere a Hubspot: 6 táticas para aumentar sua reputação”, no Superlógica Xperience 2019. Assista a palestra completa abaixo ou siga a leitura!

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O que você aprenderá neste artigo;

  1. O que é brand awareness?
  2. Como construir branding com conteúdo que funciona
    1. Assessoria de imprensa
    2. Newswire
    3. Marketing de influência
    4. Marketing de conteúdo
    5. Participação em eventos

O que é brand awareness?

Do inglês, em tradução livre, brand awareness significa consciência de marca. Ou seja, são os conceitos que as pessoas associam à determinada empresa, como o produto, serviço ou influência.

Ser conhecido como referência entre as pessoas parece algo bom para qualquer empresa, não? Mas “awareness é uma coisa que nem sempre é positiva”, afirma Felipe Pestana. Afinal, nem sempre uma marca é conhecida por algo positivo. 

“E o que é autoridade da marca? É quando você consegue gerar um sentimento de confiança no seu cliente e ele fica muito tranquilo em gastar o dinheiro com você”, explica Pestana. “Isso é um sentimento, essa não é uma forma racional de pensar”, enfatiza.

Além disso, segundo o relatório da Edelman, 73% dos consumidores  baseiam suas decisões de compra na reputação das marcas e 81% colocam a confiança na capacidade da marca de “fazer o que é certo” como prioridade.

Para explicar por que a gestão de marca se tornou tão importante, Felipe Pestana retoma os modelos mentais do marketing. Até 2011, o processo se baseava em um primeiro momento, com a geração de estímulo, seguida de um processo rápido de decisão, compra e experiência. 

Mas isso foi até surgir o Zero Moment Of Truth (ZMOT), criado pelo Google. Nesse novo modelo de jornada do cliente, a busca por informações é alongada, assim como a experiência final. 

“A graça é que você não tem mais controle sobre o que o seu cliente pensa de você! Quando ele vai falar com você, ele já viu tudo. Quem nunca teve aquela experiência de chegar numa loja e saber mais que o vendedor?”, exemplifica Pestana. Isso foi percebido rapidamente, e por esse motivo que o branding é tão importante na estratégia de marketing atualmente.

Existem diversas formas de mensurar o awareness de uma empresa para entender como estão seus índices de lembrança de marca. Conheça algumas delas neste artigo da MindMiners.


Como construir branding com conteúdo que funciona

A autoridade é constituída por dois elementos: o que os outros falam de você e o que você fala sobre si. Ter estratégias centradas no cliente, que pensem na experiência antes, durante e após a compra ajuda, e muito, a deixar o cliente mais feliz. 

A qualidade de produtos ainda é a principal característica analisada por 85% dos consumidores, segundo a Edelman. E clientes felizes indicam e fazem comentários positivos. Felipe Pestana cita a pesquisa da Pew Research Center, de 2015, que mostra que 50% dos adultos consultam resenhas dos produtos antes de comprar.

Ter atenção ao que é falado sobre sua marca e saber lidar com as reclamações de forma cuidadosa é importante para controlar a imagem, mesmo que a probabilidade de uma pessoa descontente reclamar seja maior do que uma satisfeita elogiar. Pestana resume a questão: “reclamaram? Vai lá, atenda o cliente como uma pessoa, atenda como você gostaria de ser tratado”.

A outra forma de se construir autoridade de marca é como você fala sobre si mesmo, lembra? Existem cinco estratégias para começar a produzir conteúdo focado em branding são:

1. Assessoria de imprensa

O jornalista precisa de fontes e, para encontrá-las, ele vai procurar pela assessoria de imprensa, que é quem vai indicar e até mesmo coletar entrevistas de especialistas e autoridades no assunto tratado. 

Mas é preciso considerar alguns pontos na hora de escolher o serviço:

  1. “Conheça os clientes da assessoria”: Pestana aconselha a verificar se os clientes da assessoria que você quer contratar têm a ver com o seu segmento. ”Se você tem uma empresa de tecnologia, então contrate alguém que já está no meio de tecnologia”, afirma
  2. não contrate pelo tamanho da assessoria”: defina qual o seu objetivo ao utilizar assessoria de imprensa. Saiba bem quais os potenciais da agência e como você pode aproveitá-los na sua estratégia.
  3. não contrate pelo preço: “se não tem dinheiro, não contrate. Se você não consegue pagar uma assessoria que tem fit com você, fit com onde você quer chegar, então não contrate”, aconselha Pestana.

2. Newswire

“Basicamente, é a mesma lógica de você endossar um jornalista. Só que a diferença é que, em vez de um jornalista escrever, você escreve”, define Felipe Pestana. 

Ele cita o exemplo da própria DINO, que é uma plataforma de mídia que insere notícias na mídia. “Você ganha autoridade pelo mesmo motivo: você endossa o jornalista falando alguma coisa.”

Pestana reforça que newswire não é publicidade, já que a empresa estará produzindo conteúdo da mesma forma, mas sem a mediação do assessor de imprensa, por isso, é importante ter foco. “Tenha um objetivo claro: se você não sabe o que você tá buscando, você nunca vai ter melhores resultados”, acrescenta.

3. Marketing de influência

As buscas por influência no marketing cresceram muito nos últimos tempos, assim como o investimento no setor. Segundo a pesquisa da Linqia “The State of Influencer Marketing 2018”, 89% das marcas que apostaram em influenciadores gastaram mais de U$ 10 mil em 2017. 

Mas o marketing de influência não precisa ser feito somente com profissionais do assunto. Felipe Pestana fala da importância em entender quem tem real prestígio. 

“Não adianta você contratar um ator pra falar de tecnologia se ele não entende nada de tecnologia e está sendo forçado a falar do produto do seu jeito”, afirma. 

Uma forma de se produzir esse tipo de marketing de forma ainda mais eficiente (e econômica) é investir esforço no User Generated Content (UGC), ou conteúdo gerado por usuários, em tradução livre. Estudos mostram que divulgação “boca a boca” gera mais engajamento do que influenciadores pagos e pode-se aproveitar do público que já existe – os seus clientes.

4. Marketing de conteúdo

A outra parte da construção branding é o que você fala pras pessoas sobre si. E uma estratégia para que isso se torne relevante é o marketing de conteúdo, que é quando uma empresa se comporta como uma mídia. A intenção, explica Felipe Pestana, é construir sua própria audiência em vez de pagar por ela. 

E o ponto principal disso é produzir algo que seja útil para o público. “Hoje está muito fácil de se fazer content marketing. Com a popularização da internet de 10, 15 anos pra cá, você faz um e-book, um livro, uma matéria, um blog”, afirma Pestana. 

É preciso, então, acima de tudo conversar com os clientes. “Se a ideia é você produzir conteúdo útil para o seu cliente e não sabe a dor dele, como vai fazer algo útil? Converse com o seu cliente, entenda qual é a dor dele, qual é o fluxo, a jornada dele”, aconselha o sócio-diretor da DINO.

Ele ainda alerta sobre os problemas de se apostar em estratégias com clickbait: “ao invés de ajudar você a ter autoridade, vai acabar com o que você já tem. Sua audiência vai te odiar pra sempre”. 

5. Participação em eventos

Eventos corporativos podem ser um excelente canal de branding, embora demandem custos e nem sempre seja possível mensurar os resultados imediatamente. Felipe Pestana fala de três maneiras de usar eventos para construir a autoridade da marca: 

  1. Participar de eventos de terceiros, que têm baixo custo e pouca exposição; 
  2. realizar eventos próprios, com alto custo e alta exposição;
  3. promover eventos online, que são de custo baixíssimo e a exposição pode ser alta.

Se você está pensando em fazer um evento próprio, uma dica de Pestana é: “tente fazer um conteúdo que seja prático e útil pras pessoas, porque elas vão parar pra te ouvir e você vai conseguir autoridade”. O ideal é, em qualquer que seja a modalidade escolhida, pensar no valor que está sendo gerado para a marca. 

“Cabe a você escolher se quer ser apenas um mero comprador de mídia, que só vai atuar na parte de estímulo de marketing, ou se vai querer atuar no marketing como um todo e criar fãs da marca”, conclui Pestana. 

Sobre a Superlógica

A Superlógica desenvolve o software de gestão líder do mercado brasileiro para empresas de serviço recorrente. Somos referência em economia da recorrência e atuamos nos mercados de SaaS e Assinaturas, Condomínios, Imobiliárias e Educação

A Superlógica também realiza o Superlógica Xperience, maior evento sobre a economia da recorrência da América Latina, e o Superlógica Next, evento que apresenta tendências e inovações do mercado condominial.

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