Entenda qual o papel da imobiliária na resolução de crises

Por: Jessica Moraes3 Minutos de leituraEm 09/12/2020Atualizado em 16/03/2022

A função de uma imobiliária é intermediar negócios, mas também relacionamentos. No caso da relação entre proprietário e inquilino de um imóvel, não é rara a ocorrência de crises e conflitos, e a imobiliária pode agir para apaziguar e resolver a situação.

Conflitos comuns entre proprietários e inquilinos

Divergências quanto às condições de entrega do imóvel e responsabilidade em reparos e manutenções são algumas das situações que podem gerar impasses. Mas costumam ser fáceis de administrar.

Um problema mais sério é quando há atraso ou falta de pagamento do aluguel. De um lado, temos o proprietário (locador), que conta com o pagamento mensal como fonte de renda. De outro, o inquilino, que pode estar enfrentando dificuldades financeiras.

O contrato de locação de imóvel e a Lei do Inquilinato respaldam o proprietário e permitem a cobrança de juros e multa sobre o atraso. Mas se o morador não tem condições de continuar pagando o aluguel, isso não resolve o problema.

A alternativa judicial

Para alguns, o primeiro impulso em situações como a descrita acima é entrar com uma ação na Justiça. O objetivo  é cobrar os valores devidos ou até mesmo pedir o despejo do inquilino.

O problema é que o Poder Judiciário está saturado, e um litígio imobiliário pode demorar vários anos para ser resolvido. Além da lentidão, é um processo que tem um custo financeiro e outro — talvez maior — emocional.

Sem contar que, “livrando-se” do inquilino inadimplente, o proprietário fica com um imóvel ocioso até que outra pessoa ou empresa manifeste o interesse de alugá-lo.

Qual a solução para a crise entre inquilinos e proprietários?

Se o inquilino tem o dever legal de pagar e o proprietário de receber mas a ação judicial não é a primeira opção que recomendamos, o que fazer?

Nossa sugestão é buscar uma conciliação entre as duas partes, estudando a possibilidade de um acordo extrajudicial que preserve, na medida do possível, os interesses de ambos.

Isso se faz com abertura para entender a origem do problema. Afinal, na maioria dos casos, a inadimplência tem uma justificativa. Entre eles está a perda de emprego ou crise no negócio do inquilino.

Desse modo, entende-se a excepcionalidade da situação e negociam-se condições para resolver as pendências de forma amigável, com um termo aditivo no contrato reduzindo o valor do aluguel ou desconto na multa de rescisão, por exemplo.

É importante deixar claro que o proprietário não tem a obrigação de aceitar a redução dos valores — essa seria apenas uma alternativa para evitar o caminho judicial, mais complicado e demorado.

O que a imobiliária tem a ver com isso?

A imobiliária é o elo entre proprietário e inquilino. A empresa faz a ponte entre as duas partes no começo da locação. Depois disso, deve trabalhar para manter a harmonia na relação, cuidando dos interesses de ambos.

Ao identificar uma possível crise entre locador e locatário, a imobiliária deve atuar para prevenir o conflito e puxar a frente nas tratativas de conciliação.

Primeiro, buscando entender a justificativa do inquilino; depois, averiguando a abertura do proprietário em relação à negociação, expondo as vantagens dessa opção.

Depois que todas as possibilidades de resolver o problema no diálogo forem encerradas sem sucesso, aí sim convém recorrer ao Poder Judiciário.

Conclusão: foco no cliente

No setor imobiliário, números e detalhes administrativos são essenciais, mas a questão humana nunca vai deixar de ser central.

Com um sistema de gestão imobiliária, a empresa pode automatizar tarefas, tornando a gestão mais ágil e permitindo que os colaboradores tenham um foco maior no cliente, ajudando a prevenir e resolver crises.

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