Facebook vai permitir que administradores de grupos cobrem mensalidades

Por: Heitor Facini2 Minutos de leituraEm 03/07/2018Atualizado em 29/10/2020

Depois de uma “briga” recente com criadores de conteúdos (que fez inclusive que grandes veículos de notícias, como a Folha de São Paulo, parassem de publicar notícias na rede social) reduzindo o espaço de páginas no feed de notícias da plataforma, o Facebook vem buscando maneiras de se redimir. O primeiro anúncio foi o da IGTV, plataforma de vídeos longos do instagram. Agora, a rede social vai permitir que administradores de grupos possam cobrar mensalidades de seus membros.

Nova call to action

O anúncio veio através de um post de blog escrito por Alex Dave, diretor de produto da rede social. Nele, ele diz que “grupos constroem comunidades seguras e de apoio que fazem que as pessoas voltem todos os dias. Nós sabemos que os administradores precisam de ferramentas para poder investir o tempo deles e oferecer mais para os membros”, declarou.

Como vai funcionar a cobrança de mensalidades dos grupos de Facebook?

A ideia, segundo a postagem, não é acabar com os grupos gratuítos. A partir de agora, os administradores poderão criar “sub grupos” premiums para os assinantes com algumas vantagens para os grupos gratuítos. Assim, os os grupos gratuitos passam a funcionar como uma espécie de modelo freemium.

A gente listou, no ano passado, o “clube privado” (forma de assinatura que essa ideia do facebook segue) em uma artigo falando sobre 9 modelos de negócios para serem utilizados na economia da recorrência. Esse modelo faz um apelo para a exclusividade de fazer parte um grupo restrito e privilegiado de membros. Lá é possível discutir assuntos com pessoas com o mesmo interesse que você em um lugar seguro para isso.

Quanto vai custar?

O The Verge comentou em postagemque os administradores dos grupos poderão escolher um valor entre US$ 4,99 e US$ 29,99 para cobrar dos assinantes. Os primeiros grupos a receberem a atualização foram os relacionados cuidados com os filhos, cozinha e limpeza de casa.

Por exemplo, Sarah Mueller, dona do blog “Declutter My Home” está criando um grupo chamado “Organize My Home” por US$ 14,99 ao mês. Outro grupo, o “Grown and Flown Parents”, está criando um grupo privado chamado “College Admissions” com orientadores de faculdades para falar sobre a entrada no ensino superior por US$ 29,99 ao mês.

Além disso, nesses grupos privados podem ser oferecidos conteúdo exclusivo (seja em texto, áudio ou vídeo), organização de eventos públicos presenciais ou até a própria experiência de se fazer parte de um grupo exclusivo.

Qual o futuro disso?

Por fim, como dito acima, a assinatura de grupos ainda está na fase de teste. O Facebook não pretende, pelo menos a princípio, pegar uma fatia do valor arrecadado com assinaturas. Entretanto, a App Store e a Play Store ainda vão pegar uma parte do valor pago pelos assinantes.

Nova call to action

Hoje, o grande motor de faturamento do Facebook são os ads. Em 2017, a receita da empresa cresceu 47% em relação a 2016, chegando a US$ 40,6 milhões. Isso está bem relacionada às receitas publicitárias, que cresceram 49%. A cobrança de mensalidades é a primeira tentativa do Facebook monetizar grupos que não tem anúncios como o feed de notícias.

Sobre a Superlógica

A Superlógica desenvolve o software de gestão (ERP) líder do mercado brasileiro para empresas de serviço recorrente. Somos referência em economia da recorrência e atuamos em cinco segmentos de mercado: SaaS e Assinaturas, Condomínios, Imobiliárias, Educação e Empresas de Comunicação Visual.

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