Acerte na escolha do sistema de pagamento para seu negócio

Por: Time Superlógica4 Minutos de leituraEm 19/09/2017Atualizado em 29/09/2020

por Bruna Medeiros, da MundiPagg

Um dos primeiros – e mais importantes – passos a serem tomados em uma empresa é a escolha de um sistema de pagamentos que se adeque às suas necessidades e demandas. Contudo, essa não é uma escolha fácil. Ela pede atenção e cuidado redobrado dos empreendedores altamente comprometidos com o crescimento de seu negócio.

Contar com um bom sistema de pagamentos é fundamental para não travar a operação e garantir a saúde financeira de uma empresa, em especial quando se trata de um e-commerce. A dificuldade que muitos empreendedores têm em optar pela melhor solução para seu modelo de negócio está associada à falta de conhecimento sobre o assunto.

Para mitigar essa questão, listamos as características de cada método de pagamento, além das vantagens e desvantagens para muni-lo do máximo de informações e ajudá-lo a encontrar o sistema que melhor atende seu negócio.

Intermediadores de pagamento

Vamos começar pelos subadquirentes, ou intermediadores de pagamento, que são responsáveis – como o próprio nome já diz – por intermediar as transações de pagamento. Nesse caso, não há necessidade de se afiliar a bancos e operadoras de cartão, uma vez que é o intermediador quem se responsabiliza pela aprovação dos pagamentos. Entre os subadquirentes mais conhecidos estão:

  • Paypal
  • PagSeguro
  • PayU (antigo Bcash)

As vantagens que estão por trás desse sistema de pagamentos inclui:

  • normalmente não há custo de implantação;
  • a segurança das informações e a análise antifraude é responsabilidade do intermediador;
  • há boa variedade entre as formas de pagamento: cartão de crédito, boleto bancário, débito em conta etc.

Outra característica dos subadquirentes que merece ser salientada é sua política de proteção ao consumidor – ela garante, por exemplo, o reembolso do valor pago pelo cliente caso ele receba um produto danificado. Em outras palavras, essa solução disponibiliza um serviço de resolução de conflitos. Vale ressaltar, contudo, que cada uma tem suas próprias particularidades, que devem ser levadas em consideração no momento da escolha.

Em relação às desvantagens que esse tipo de sistema apresenta, destacam-se:

  • taxas de processamento relativamente altas – elas podem variar de acordo com a forma de pagamento;
  • ao finalizar a compra, o cliente será redirecionado para a página do próprio intermediador, o que pode deixá-lo desconfiado;
  • controle rigoroso para aprovação dos pedidos, o que muitas vezes resulta na perda de vendas que normalmente seriam legitimadas.

As taxas de processamento podem chegar a 8% do valor de venda. Além disso, se você optar por receber à vista um pagamento que o cliente tenha efetivado em parcelas, as taxas podem dobrar se comparadas ao índice normal.

Ainda assim, esse sistema de pagamento é bastante indicado para quem está começando no e-commerce, porque não há custo de adesão. E pode ser uma opção mais simples, uma vez que o cliente só precisa se comunicar com esse sistema.


Nova call to action

 



Gateway de pagamento

Essa solução tem para as lojas virtuais exatamente a mesma função que as maquininhas de cartão têm para as lojas físicas. Diferentemente do que acontece com os intermediadores de pagamento, esse sistema requer que o negócio se afilie aos banco e às operadoras de cartão.

Um gateway de pagamento é uma interface que conecta lojistas – estejam eles no mundo físico ou no virtual – e agentes financeiros, executando todos os procedimentos que se relacionam a vendas, incluindo a gestão dessas informações. Na prática, esse sistema verifica com os adquirentes (Cielo, Rede, Stone etc.) se o cliente que solicitou a compra possui saldo suficiente para efetivá-la. Esse processo é seguro e imperceptível para o cliente.

Entre os benefícios do gateway de pagamento estão:

  • maior controle sobre as vendas, já que você terá acesso a todas as informações possíveis em um painel financeiro;
  • não é necessário realizar o cadastro em outro site – como no caso dos intermediadores – para o cliente finalizar uma compra: tudo ocorre na página de checkout do seu site;
  • é possível conseguir o adiantamento dos valores que você tem a receber dos adquirentes – o que, por si, só já ajuda em um eventual problema de fluxo de caixa;
  • você deixará de perder vendas pelos critérios de análise dos subadquirentes – o simples fato do cliente estar com dados divergentes pode ser motivo para a não aprovação de uma compra;
  • menores taxas de processamento, que também podem ser negociadas caso a caso;
  • única integração com os adquirentes.

Como nem tudo é perfeito, os gateways de pagamento também têm desvantagens:

  • será preciso fazer o cadastro nos bancos e nas operadoras de cartão, um processo que pode ser demorado;
  • a análise de fraudes é de sua responsabilidade – o que quer dizer que você terá de contratar um antifraude;
  • há tarifas distintas a pagar, tanto aos agentes financeiros, quanto ao fornecedor da solução;
  • pode haver gastos em relação à implantação ou à ativação do gateway;
  • em alguns casos, haverá cobrança de taxas fixas mensais ou anuais.

Apesar disso, o uso desse sistema de pagamento ainda é o mais recomendado para lojas com maior fluxo de vendas, especialmente para quem já está mais ambientado ao mercado de comércio eletrônico.

Integração direta com o adquirente

É possível, também, optar por fazer a integração direta com o adquirente, ou seja, com as operadoras de cartão. Entretanto, esse sistema é aconselhado apenas para grandes players do mercado: os custos de implantação e manutenção são altos e exigem, inclusive, uma equipe interna de suporte.

As vantagens, nesse caso, se resumem às taxas de processamento, que são menores, e as desvantagens se assemelham às dos gateways – com o adicional do alto custo de implantação. Além disso, essa opção requer maior cuidado no controle dos sistemas: com a integração direta com os adquirentes, você terá de cuidar de cada integração de forma individualizada – enquanto o gateway se responsabiliza por todo o processo de transações com uma única integração com os adquirentes.

Esse sistema de pagamento deve se restringir, portanto, a negócios totalmente solidificados, com expressivas movimentações em termos de venda, fazendo da estrutura do negócio, nesse caso, algo de extrema importância.

Quem leva a melhor

Avaliar o custo-benefício dos métodos existentes em conjunto com as demandas do seu e-commerce é o segredo do sucesso para ajudá-lo a entender qual é a melhor opção para o momento que seu negócio está vivendo.

E o melhor: não é preciso abrir mão de um sistema de pagamento para implantar outro. Um gateway, em conjunto com os intermediadores, dará mais opções aos clientes – algo que deve ser levado em consideração.

Bruna Medeiros é analista de marketing da MundiPagg, gateway de pagamentos com foco em aumentar as vendas de seus clientes e um dos patrocinadores do Superlógica Xperience 2017.

 



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