Talks #40 – Alexandre Rodrigues, criador do Papo Segurança
Alexandre Rodrigues, criador do Papo Segurança, um canal do Youtube especializado em segurança eletrônica, é o convidado do Superlógica Talks desta semana. No bate-papo com André Baldini e Marcelo Okuma, ele contou como aproveitou seu conhecimento no mercado para construir sua trajetória como influenciador digital.
Rodrigues também deu detalhes sobre os conteúdos do seu canal e como ele os utiliza para disseminar conhecimento relacionado a segurança eletrônica entre os profissionais da área. Confira um trecho do papo, no qual ele fala de cocriação e da importância da crítica no trabalho:
André Baldini: Como é que funciona essa cocriação de conteúdo? A galera já vai te dando feedback em suas histórias?
Alexandre Rodrigues: Eu faço um story e a galera vai se manifestando. Agora mesmo, já peguei uma câmera que eu estou testando, já subi material com ela nos stories e perguntei: “E aí, que vocês acharam dessa imagem?”. Vem coisa boa, vem coisa ruim, vem o cara bravo com aquela marca, vem o cara que é apaixonado por aquela marca. Aí vem um cara que não conhece e traz várias perguntas interessantes. O que conhece que mete o pau. Se, de fato, o que ele diz é um problema, eu vou apurar. Se é um problema e eu consigo a solução, eu já levo no próximo vídeo com a solução. Se há um problema que não está resolvido, eu paro, e vou para o fabricante para que ele possa corrigir aquele problema.
E os meus testes são todos malucos. Por exemplo, uma central de alarmes sem fio: como é que eu vou testar isso? Como é que eu vou mostrar um cara que, de fato, vai tão longe como o fabricante diz? Eu fui pra uma pista de avião testar. Nossa, quando eu subi o vídeo para o canal, as pessoas só disseram “não acredito que ele fez isso”.
Já tive casos de não produzir conteúdo, muitos casos mesmo. Não tem como você enganar as pessoas. Eu não sei quem vai estar do outro lado assistindo, não sei o nível de conhecimento da pessoa, mas eu preciso ser muito assertivo nisso, porque, por mais leigo que ele seja, por mais sábio que ele seja, eu preciso que ele pegue o equipamento e ponha para funcionar. E tem que dar um resultado de acordo com o que está proposto no vídeo.
Eu acho que 99% dos comentários que eu tenho no meu canal são de elogios. E eu fico sedento pela crítica, porque eu quero saber daquilo que eu preciso melhorar. Eu preciso me monitorar para saber onde eu posso melhorar.
Eu até digo: se tem uma coisa boa para te fazer crescer é o hater. Ele cumpre com três quesitos: ele assiste até o final (isso é ótimo), é o cara que comenta e é o cara que deixa o dislike, ele faz tudo que precisa. É um cara que tem o seu ponto de vista.
Eu não tolero quem chega esculhambando sem nem conhecer meu trabalho. Mas aquela pessoa que bota um textão enorme gerando uma crítica, a primeira coisa que eu faço é chamar ele e me desculpar. Chamo para falar comigo no meu direct do Instagram pra eu entender. E, então, eu trago esse cara pra ser meu crítico, só que no meu vídeo. Então ele vai bater, mas que bata comigo aqui, e daí a gente cria conteúdo sobre o assunto em prol de trazer mais riqueza.