Inadimplência de aluguel no Brasil registra maior taxa dos últimos 12 meses, aponta Índice Superlógica

Imóveis residenciais na faixa de aluguel acima de R$ 13.000 continuam em alta, desde junho de 2024, com taxa de inadimplência de 6,54%

Por: Grupo Superlógica2 Minutos de leituraEm 11/07/2025Atualizado em 11/07/2025

A taxa de inadimplência de aluguel no Brasil registrou a terceira alta consecutiva e a maior taxa dos últimos 12 meses, fechando em 3,59%, em junho, uma variação de 0,26 ponto percentual em relação a maio (3,33%). Quando comparado com o mesmo período de 2024 (3,53%), a taxa de inadimplência apresenta uma alta de 0,06 ponto percentual. Os dados são do Índice de Inadimplência Locatícia da Superlógica, principal plataforma de soluções tecnológicas e financeiras para os mercados condominial e imobiliário no país.

Segundo Manoel Gonçalves, Diretor de Negócios para Imobiliárias da Superlógica, “esse aumento consecutivo da inadimplência locatícia reforça que as famílias ainda enfrentam orçamentos apertados. É bem importante monitorar as projeções de alta na inflação e nas taxas de juros, por serem fatores que podem agravar ainda mais a inadimplência de aluguel e o endividamento geral nos próximos meses”.

IIL por região

Em junho, a região Nordeste voltou a figurar no topo do ranking, com uma taxa de inadimplência de 4,80%. A região Norte fechou em 4,09%, após ficar em primeiro lugar em maio (4,77%), uma retração de 0,68 ponto percentual. Centro-Oeste vem logo em seguida, com taxa de 3,78%, ultrapassando o Sudeste, com taxa de 3,38%. A região Sul segue com a menor taxa do país, 3,17%.

Imóveis residenciais na faixa de aluguel acima de R$ 13.000 continuam em alta, desde junho de 2024, com uma taxa de inadimplência de 6,54%. Os imóveis residenciais na faixa de aluguel de até R$ 1.000 tiveram a maior alta já registrada desde o início do índice, em outubro de 2023, com 5,79% de inadimplência; a menor foi de imóveis de R$ 2.000,00 a R$ 3.000,00 (2,17%). Já em relação aos imóveis comerciais a faixa até R$ 1.000,00 continua com a maior taxa (7,48%), sendo a maior já registrada pelo índice também; e a menor foi na faixa de R$ 2.000,00 a R$ 3.000,00, de 4,17%.

“Os dados mostram taxas altas para tipos de imóveis bem opostos, sendo os residenciais de alto padrão (acima de R$ 13.000) e os comerciais de até R$ 1.000. No primeiro caso, muitas imobiliárias deixam de exigir seguro-fiança, acreditando que o risco é menor por envolver inquilinos de maior poder aquisitivo. Já os imóveis comerciais de aluguel mais baixo podem ser mais afetados pela instabilidade econômica e os desafios enfrentados por empresas”, avalia Gonçalves.

Em relação ao tipo de imóvel, a taxa de inadimplência de apartamentos subiu de 2,20%, em maio, para 2,47%, em junho; de casas de 3,72% para 3,96%. Os imóveis comerciais também registraram aumento, de 4,58% para 4,91% de inadimplência, em junho.

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