Inadimplência cresce no Rio de Janeiro: como manter os condomínios no azul
Economista aponta causas e soluções para preservar a saúde financeira dos condomínios no estado
A inadimplência condominial continua sendo um dos principais desafios para a sustentabilidade financeira dos condomínios no Brasil — e no Rio de Janeiro, o cenário é particularmente preocupante. Segundo dados do Índice de Inadimplência Condominial da Superlógica, o estado registrou, em março, uma taxa de 7,17%, a maior desde setembro de 2024 e acima da média nacional de 6,80%.
Essa análise foi feita com aproximadamente 300 mil condomínios em todas as regiões do Brasil, somando mais de 4,2 milhões de imóveis (casas e apartamentos), que possuem boletos que estão há mais de 90 dias sem pagamento. Todos os dados são anonimizados, ou seja, não são passíveis de associação a um indivíduo, direta ou indiretamente. O levantamento leva em consideração o valor da taxa de condomínio, o tipo de imóvel (apartamento ou casa) e a sua localização, além das datas de vencimento e pagamento, que mostram se há inadimplência ou não.
“A inadimplência do mercado condominial no Rio de Janeiro, mas não apenas, vem subindo, e dois dos motivos são o aumento da inflação e da taxa de juros. São fatores que reduzem o poder de compra da população e, consequentemente, aumentam a inadimplência – sobretudo a condominial, dada a prioridade de pagamento das pessoas por despesas mais caras, como cartão de crédito, aluguel, empréstimos e cheque especial”, afirma João Baroni, Diretor de Crédito do Grupo Superlógica, principal plataforma de soluções financeiras e tecnológicas para o mercado do morar no país.
O não-pagamento da taxa condominial traz consequências prejudiciais tanto para os condôminos quanto para o próprio condomínio. De um lado, se o morador corre o risco de perder o imóvel caso a dívida seja judicializada e o bem, colocado em leilão, de outro, o gerenciamento de gastos da coletividade se torna incerto, muitas vezes inviabilizando manutenções de rotina e obras de melhoria. A multa por atraso nas taxas da conta do condomínio é de 2%, além de juros de 1% ao mês.
“O primeiro passo para combater a inadimplência é reconhecer o impacto coletivo do não pagamento e buscar equilíbrio financeiro no dia a dia”, afirma Baroni.
Com isso em mente, ele sugere três práticas fundamentais:
- Controle financeiro: mantenha um calendário de pagamentos e, se possível, crie uma reserva para imprevistos.
- Planejamento orçamentário: priorize o pagamento das taxas condominiais no seu planejamento mensal.
- Negociação antecipada: diante de qualquer dificuldade, procure o síndico ou a administradora para negociar prazos ou parcelamentos antes que a dívida se torne impagável.
O que os condomínios podem fazer para se manter no azul
A inadimplência da taxa condominial traz consequências prejudiciais tanto para os moradores como para o próprio condomínio. Se, de um lado, o morador corre o risco de perder até o imóvel por não pagar a cota, caso a dívida seja judicializada e o bem, colocado em leilão, de outro, o gerenciamento de gastos da coletividade torna-se incerto, muitas vezes inviabilizando manutenções de rotina e obras de melhoria.
Uma das soluções de mercado para a gestão condominial manter o fluxo de caixa e dar andamento a reformas e outras medidas que acarretem despesas é o Inadimplência Zero (IZ). Trata-se de um produto do Grupo Superlógica que propicia ao condomínio contratante o recebimento garantido da cota condominial nos casos em que há inadimplência do morador.
Com mais de 2 mil condomínios atendidos e cerca de 200 mil unidades cobertas, o produto já proporcionou uma redução média de 13,2% na inadimplência das unidades beneficiadas.
“Muitos condomínios chegam a ter um fundo de reserva para enfrentar a inadimplência, mas o ideal mesmo é buscar uma alternativa mais eficiente. Com o Inadimplência Zero, o que oferecemos é a certeza de que o condomínio terá uma arrecadação livre de sustos, além de alternativas para que o morador pague sua dívida”, afirma Baroni.