Impactos do novo coronavírus no mercado imobiliário
No dia 11 de março de 2020 a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou o coronavírus como uma pandemia. A primeira em pouco mais de uma década, desde o surto de H1N1 em 2009. Além de afetar seriamente a economia e sociedade de mais de 152 países, também houve um grande impacto do novo coronavírus no mercado imobiliário.
A Europa já sofreu efeitos catastróficos com a pandemia, enquanto parte da Ásia começa a se recuperar. Enquanto isso, o Brasil e o restante da América do Sul parecem ainda estar no início do surto. No entanto, foram tomadas algumas medidas para diminuir a disseminação da doença.
O fechamento parcial de fronteiras, cancelamento de eventos para evitar aglomerações e fechamento de comércios são as que mais afetaram o mercado até o momento. A bolsa de valores já sofreu quedas sérias e foi até fechada por alguns dias. Mas a nossa maior dúvida e que pretendemos responder nesse artigo é: quais serão os efeitos do novo coronavírus no mercado imobiliário?
Efeitos do novo coronavírus no mercado imobiliário
Os países que já estão sofrendo com a crise causada pelo COVID-19 há mais tempo servem de base para uma análise dos efeitos do novo coronavírus no mercado imobiliário. China e Portugal, por exemplo, sofreram uma queda de 34,7% na venda de imóveis somente no último bimestre. E tudo isso considerando que a China já mostra sinais de recuperação da pandemia.
Estima-se que o Brasil deve ter prejuízos similares ou até maiores dependendo dos impactos na economia. Atualmente, o índice que mede o desempenho de fundos imobiliários já caiu 24,7%.
A tendência é que imobiliárias experimentem uma queda nas vendas e aluguéis. Os shoppings, por exemplo, já anunciaram que não devem cobrar aluguel enquanto as lojas continuam fechadas.
Problemas que o setor pode enfrentar durante a crise
Imobiliárias devem ser bastante afetadas pelas medidas contra o novo coronavírus. Por isso, é importante sabermos os problemas mais comuns que devem começar a surgir para nos prepararmos. Com as medidas apropriadas é possível sobreviver e até superar essa crise!
1. Locatários encerrando contratos
Infelizmente o vírus afetou bastante o cenário econômico. Negócios que precisaram fechar por causa da quarentena devem pedir abatimento nos aluguéis ou prazos maiores para pagamento. Em casos mais graves é possível que seja necessário encerrar o contrato completamente.
Mesmo em shoppings, onde os aluguéis não serão cobrados, existe a possibilidade de encerrar contratos. Locações residenciais também podem cair já que quem perder seu emprego no momento provavelmente tentará voltar à terra natal.
Algumas imobiliárias estão abertas a fazer negociações para que os impactos sejam menores, tanto para elas quanto para os clientes.
2. Mudança para o atendimento virtual
A quarentena já forçou dezenas de imobiliárias a mudarem-se para o sistema de trabalho home office. Isso significa que já é necessário adotar novas medidas para gerir projetos, informações e atendimentos.
A tecnologia é a maior aliada para combater os efeitos da pandemia. Recomendamos investir em aplicativos e sistemas online que ajudem a trabalhar de onde quer que sua equipe esteja.
É claro que isso vai demandar uma adaptação inicial, no entanto, quanto mais cedo a imobiliária providenciar as ferramentas corretas de trabalho, mais rápido tudo se resolverá.
Também é essencial manter o atendimento de qualidade que sempre foi utilizado. O cliente merece toda a atenção, mesmo em tempos de crise. Para isso, use aplicativos de relacionamento com o cliente, videochamadas e outros recursos tecnológicos.
3. Aumento na inadimplência
A inadimplência pode aumentar com a crise gerada pelo COVID-19. Pessoas perderam seus empregos, outras tiveram contratos suspensos por tempo indeterminado e outras precisaram fechar seus negócios. Com a falta de renda o aluguel é o primeiro a sofrer.
A melhor forma de enfrentar os altos índices de inadimplência que já devem estar começando é oferecer alternativas de pagamento, além das negociações, como é o caso do pagamento de aluguel via cartão de crédito.
Além de centralizar as contas do locatário na fatura do cartão para que ele consiga organizar a vida financeira neste período, a imobiliária recebe o valor mesmo que ele tenha problemas ao pagar.
Este é um momento de manter-se o mais próximo possível de locatários e proprietários. Quando surge a possibilidade de inadimplência é muito melhor negociar entre as duas partes para evitar que acabe com o encerramento do contrato.
Como mencionamos no início deste artigo, os efeitos do novo coronavírus no mercado imobiliário são inevitáveis. No entanto, é possível tomar medidas para que eles sejam mais brando. Investir em relacionamento do cliente e tecnologia ajudará a manter contratos e até fechar novos negócios neste período.
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