Talks SíndicoLab #02 – Assembleias de condomínios

Por: Rodrigo Ferreira2 Minutos de leituraEm 31/08/2022Atualizado em 28/09/2022

O segundo episódio da série de entrevistas do Superlógica Talks em parceria com SíndicoLab aborda tudo que você precisa saber sobre as assembleias de condomínios.

Neste episódio, Marcelo Okuma e Marcio Rachkorsky recebem duas autoridades do mercado condominial: Marcelo Mahtuk, fundador da Manager Gestão Condominial e Taula Armentano, síndica profissional e advogada.

Os participantes falam sobre diversos aspectos do tema e comentam as novidades, como as assembleias virtuais que têm se popularizado e facilitado a vida de administradoras e síndicos. Rachkorsky abordou inclusive uma nova modalidade de assembleia virtual que tem testado. “Você grava toda a reunião em um vídeo, item por item, explica tudo. A pessoa assiste onde, quando e se quiser e vai votando ‘sim’ ou ‘não’. E enquanto não computa o voto, a pessoa pode tirar dúvidas. É uma assembleia no modelo de chat, mas com o apoio do vídeo”, explica.

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A discussão passou também pelas assembleias presenciais, híbridas, ordinárias, extraordinárias, regulamentações, participação de condôminos, inovações e muitas histórias marcantes. Confira um trecho do episódio em que é discutido qual a melhor hora para chamar assembleia:

Marcelo Okuma: Como a gente tá falando de assembleia digital, principalmente, como vocês direcionam ou assessoram o síndico sobre aquilo que pode ser resolvido com uma simples enquete ou precisa de uma assembleia?

Taula Armentano: Durante a pandemia, eu me lembro que fui uma das defensoras para chamar a assembleia para resolver a questão da reabertura e estar tudo seguro. As opiniões eram muito divergentes no condomínio: tinha quem queria ficar enclausurado e quem queria que abrisse tudo no dia seguinte. O síndico não podia tomar essa decisão sozinho. Mas eu penso o seguinte: você tem que conhecer o seu cliente. Esse é o segredo. 

Tem assuntos que você não precisa por lei ter quórum, assuntos simples que dá para resolver por pesquisa, onde você vê o interesse da maioria e ratifica numa assembleia, sem problemas. Agora, se precisa de quórum ou é assunto polêmico e que vai ter gente que vai questionar, não custa nada chamar uma assembleia virtual ou um chat, que tem o mesmo funcionamento de uma pesquisa, e resolver o problema de uma maneira segura. 

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Marcelo Mahtuk: Vou por um contra-ponto. Nem sempre os condôminos gostam do síndico que é extremamente democrático. Nós esperamos que o síndico faça o papel dele. Às vezes, levar tudo para uma assembleia fica difícil, o síndico tem que ter opinião. Não estamos entrando na questão legal, claro. Eu tive uma assembleia que eu levei três vezes uma questão e sempre só tinha um quarto de assinaturas porque o síndico não tinha pulso. 

Marcio Rachkorsky: Essa provocação é muito bem-vinda porque olha a saia justa que a gente passa o tempo todo. Quando a gente é impositivo e fala “eu sou o síndico e fui eleito para representar vocês e esse assunto eu vou resolver”. O pessoal fala “Ah, a Taula é xerife, ela acha que é dona do condomínio, ela nem mora aqui”. Agora, quando ela leva tudo para a assembleia, eles falam “ah, essa daí é pamonha, não resolve nada. Pra que pagamos cinco mil por mês?”. Tem que ter ali um feeling de saber qual é a hora de tomar a decisão e qual não é. Isso com o tempo a gente aprende.

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