Superlógica Talks lança nova série em parceira com Sindicolab

Por: Fernando Souza3 Minutos de leituraEm 26/07/2022Atualizado em 31/08/2022

A Superlógica acaba de lançar uma série de entrevistas, em parceria com o coletivo de síndicos – Sindicolab, para abordar as relações entre síndicos e administradoras de condomínios. A nova trilha do Superlógica Talks será transmitida mensalmente e terá a apresentação de Marcelo Okuma, nosso diretor de mercado, e Marcio Rachkorsky, advogado e um dos mais respeitados profissionais do mercado condominial brasileiro.

“A ideia do bate-papo é aproximar administradoras e síndicos, que são fundamentais para a boa gestão do condomínio, e quebrar o paradigma de que estão em lados rivais. Eles precisam se entrosar para o prédio funcionar bem, é um trabalho que se complementa”, diz Rachkorsky. E Okuma ainda ressalta: “Boa parte dos problemas nos condomínios ocorre pelo excesso de comunicação, nos grupos do whatsapp, ou pela falta de comunicação, por conta de alinhamentos que não são feitos [entre síndico e administradora] e poderiam evitar mal-entendidos”.

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Na estreia da série, Okuma e Rachkorsky receberam Juliana Moreira, síndica profissional com mais de 50 condomínios sob gestão, e Omar Anauate, presidente da administradora Anauate e diretor da Aabic (Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo). 

A conversa foi interessante e tanto Moreira quanto Anauate falaram sobre seus respectivos papéis na gestão condominial. Além disso, repercutiram as dores e os sucessos da relação entre síndicos e administradoras, a evolução profissional e tecnológica do setor, o trabalho de backoffice que os condôminos quase não veem e diversos outros assuntos.

“Eu entendo [o síndico] como gestor master do condomínio. Vai muito além da responsabilidade civil de assinar contratos. Ele cuida do bom funcionamento do todo”, avalia Juliana. “Já o papel das administradoras, que antes era puramente contábil, de fazer o balancete e a folha de pagamento, hoje é ser o braço direito do condomínio, inclusive no atendimento ao condômino, algo que antigamente não era feito”, completa. 

E Anauate comenta a evolução das administradoras. “Elas começaram como terceirizadoras das funções do síndico e, com o tempo, foram abraçando mais responsabilidades. Hoje, nem o síndico profissional exerce funções [das administradoras] como rotinas burocráticas e administrativas, pagamentos, retenções de impostos e cartas para os condôminos”, conta.

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Assista ao episódio completo:

Profissionalização dos síndicos e (in)visibilidade das administradoras

Ao falar do presente, Anauate reforça que cerca de 23% dos condomínios das administradoras da Aabic já são geridos por síndicos profissionais. “Eles estão em todos os tipos de condomínio e são uma necessidade nos prédios mais complexos”, afirma. “Já com o síndico-condômino, que pode ser até uma dona de casa que não conhece o dia a dia do condomínio, nosso desafio é explicar as responsabilidades e o retorno que precisa ser dado para a administradora, porque a gente não toma decisão. Nós orientamos e executamos, mas não decidimos”, revela.

A nova série do Superlógica Talks também abordou a visibilidade do trabalho das administradoras, pois há muitas atividades que não são vistas com facilidade pelos condôminos. “Às vezes, o morador não tem noção de que a pessoa que está às oito da noite na segunda chamada [da assembleia] trabalhou das oito da manhã até as seis da tarde na administradora, tomou um lanche correndo, voou para o condomínio e está começando o terceiro turno, que vai até dez, onze, meia-noite”, afirma Rachkorsky.

Tecnologia na gestão condominial

Outro assunto debatido na conversa foi o uso da tecnologia e como as novas soluções estão contribuindo para dar visibilidade aos síndicos e às administradoras. “A pandemia impulsionou a tecnologia em situações nas quais você não estava acostumado a usá-la. As próprias assembleias [remotas] de condomínio e as reservas de espaços são ferramentas que você tinha e não usava na rotina. Os condôminos passaram a ter uma visão diferente da administradora”, relata Anauate.

Para Rachkorsky, a tecnologia é uma peça-chave na hora de dar eficiência e facilitar os relacionamentos no ecossistema condominial. “Surge espaço para aparecer o talento do síndico, porque você não perde mais tempo com coisas que perdia antes. Sobressai o seu poder de entrosamento com o conselho e de encantamento na relação com os moradores na assembleia”, analisa.

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